Testemunha envolve vereador e miliciano no assassinato de Marielle Franco, afirma jornal
Diário da Manhã
Publicado em 9 de maio de 2018 às 12:42 | Atualizado há 7 anosUma testemunha revelou à polícia que o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-PM e chefe da milícia Orlando Oliveira Araújo, estariam envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista, Anderson Gomes.
De acordo com o GLOBO, a pessoa, que está sob proteção policial, afirmou ter sido forçada a trabalhar para Orlando e disse ter presenciado reuniões entre a dupla. As conversas tratavam dos prejuízos causados pelo combate da vereadora ao avanço de grupos paramilitares em comunidades de Jacarepaguá.
Ainda conforme a publicação, o ex-PM foi apontado pela testemunha como “dono” da comunidade Vila Sapê, que trava uma guerra com os traficantes da Cidade de Deus. Segundo o declarante, a vereadora passou a apoiar os moradores da Cidade de Deus e comprou briga com o ex-PM e o vereador, que tem uma parte dos seus eleitores na região.
“Eu estava numa mesa, a uma distância de pouco mais de um metro dos dois. Eles estavam sentados numa mesa ao lado. O vereador falou alto: “Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando”. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: “Marielle, p*ranha do Freixo”. Depois, olhando para o ex-PM, disse: ‘Precisamos resolver isso logo'”, afirmou a testemunha, segundo O Globo.
Ainda sobre o depoimento, o atestador contou que, um mês antes do atentado contra Marielle, o ex-PM deu a ordem para o crime de dentro da cela de Bangu 9. Nomes de outros integrantes do bando, que teriam participado da execução, também foram citados. Thiago Macaco teria sido o encarregado de fazer o levantamento dos hábitos da vereadora.
Em nota, o vereador Marcelo Siciliano (PHS), negou qualquer envolvimento com o crime:
“Expresso aqui meu total repúdio a acusação de que eu queria a morte de Marielle Franco. Ela é totalmente falsa. Não conheço “Orlando da Curicica” e acho uma covardia tentarem me incriminar dessa forma. Marielle, além de colega de trabalho, era minha amiga. Tínhamos projetos de lei juntos. Essa acusação causa um sentimento de revolta por não ter qualquer fundamento. Eu, assim como muitos, já esperava que esse caso fosse elucidado o mais rápido possível. Agora, desejo ainda mais celeridade”, explicou.
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