Cotidiano

Uber na capital

Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 20:49 | Atualizado há 9 anos

Nesta sexta-feira (15) o Uber, aplicativo de transporte privado, realizou uma sessão informativa para os primeiros interessados em trabalhar como motoristas na empresa. Segundo a assessoria da Agência Brasil, os presentes no eventos tiveram um primeiro contato com a empresa para entender como ela funciona e tirar dúvidas.Apesar da realização da sessão, não há garantia que o Uber será implantado na capital. Outras sessões devem ser realizadas em Goiânia, mas não há informações sobre datas ou locais.

Por meio de nota, a assessoria informou que a empresa está “avaliando a possibilidade de Goiânia receber a Uber em algum momento de 2016”, no entanto, ainda não há nada definitivo. Ainda conforme a nota, a análise “inclui buscar talentos e compartilhar informações com os cidadãos”.A empresa cadastra os motoristas e os conecta aos passageiros por meio do aplicativo de celular. O Uber atua em 360 cidades no mundo, entre elas, Brasília (DF), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Para se cadastrar é preciso acessar o site da empresa, enviar documentos que comprovem que o interessado tem licença para dirigir profissionalmente, seguro para o passageiro de R$ 50 mil, além da documentação do veículo. Todos os documentos passam por uma verificação da empresa.

A aprovação do Uber parece ser geral entre os usuários. Max, estudante de Jornalismo, diz que deixará de usar táxi caso o app chegue à capital, pois os motoristas são mais cordiais e o serviço oferecido possui qualidade superior. Porém entre os taxistas há uma grande insatisfação, pois os motoristas do Uber não precisam registra-se na prefeitura.

Walder, taxista a 18 anos, diz que a concorrência é injusta e que perderá inúmeros clientes caso o aplicativo chegue a Goiânia. “É muito fácil se tornar motorista quando é necessário apenas se filiar ao aplicativo”.

Como funciona

Um usuário do aplicativo que precise de transporte particular solicita um motorista através do aplicativo. Então, o app entra em contato com profissional cadastrado que será apresentado ao cliente por meio do seu aparelho e assim quem pediu pode escolher, inclusive, o modelo do veículo para a corrida.

O pagamento do serviço é feito através da conta do usuário e cobrado via cartão de crédito. O valor pago pelo serviço é uma tarifa fixa, variando de acordo com o carro escolhido, que soma o minuto e o quilômetro rodado. Segundo a empresa que gerencia o app, 20% do total cobrado é destinado à empresa detentora do app.

Polêmica

Em agosto de 2015 o vereador Carlos Soares (PT) apresentou, em primeira sessão, um projeto de lei que regulamenta o uso de aplicativos para o serviço de táxi em Goiânia e proíbe a utilização de carros particulares para o transporte remunerado de pessoas. O projeto, que ainda está em tramitação, caracteriza como clandestina a realização deste tipo de serviço por pessoas e veículos sem cadastro na prefeitura.

Para o presidente do Sindicato dos Taxistas de Goiânia (Sinditaxi), Silone dos Santos Pacheco, esses serviços realizados por meio de aplicativos tais como o Uber são uma afronta á categoria. “Defendemos a legalidade e segurança dos passageiros. O transporte enumerado que não seja reconhecido pela lei municipal é clandestino”, defende.

]]>


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias