A formação do universo e o advento da vida
Diário da Manhã
Publicado em 14 de junho de 2017 às 03:03 | Atualizado há 8 anosEstamos há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, mais de nove bilhões após a ocorrência do Big Bang, momento em que; segundo o padre e astrônomo belga Georges Lemaitre e o físico russo naturalizado estadunidense, George Gamow, o Universo teve início a partir de um grão primordial e altamente denso, que por razões desconhecidas se expandiu abruptamente originando simultaneamente, o “espaço-tempo”, a energia e a matéria.
Após a “explosão inicial”, dizem os cientistas, a temperatura no Universo em formação era tão elevada que impossibilitava a existência de elementos químicos. Os primeiros átomos, no caso,do elemento mais simples (o hidrogênio), teria surgido alguns segundos depois, com uma considerável queda da temperatura. Desde aquele momento o universo continua a se esfriar e a se expandir. Observações do céu através de poderosos telescópios possibilitaram aos astrônomos Edwin P. Hubble e Vesto M Slipher concluírem que as galáxias estão se afastando umas das outras, corroborando com a concepção do Universo em expansão, além disso, as equações matemáticas de Einstein em sua teoria da relatividade preveem que o Universo está se expandido.
Depois de algumas centenas de milhões de anos após o início, nuvens de hidrogênio originaram galáxias, que são aglomerados gigantescos de matéria que originam estrelas e outros corpos celestes. As estrelas primordiais eram compostas essencialmente de hidrogênio, elemento químico que, aliás, está em maior abundância nos nossos corpos e nos dos demais seres vivos da Terra.
Ao atingirem certa idade, as estrelas explodem e lançam seus átomos no espaço sideral para compor a poeira cósmica que, ao se agregar, forma uma nuvem de matéria conhecida como “Nebulosa”, capaz de formar novas estrelas, planetas e outros corpos celestes. Foram as fusões que ocorreram nas estrelas e as explosões delas que deram origem aos diversos tipos de elementos químicos naturais conhecidos pela ciência. Uma compactação na nebulosa conhecida como Via Láctea formou o nosso Sol, que é uma das 100 bilhões de estrelas existentes nessa nebulosa, e os restos da matéria nebulosa que formou o Sol, formaram também planetas, satélites e asteroides que compõem o nosso Sistema Solar.
Recentemente, astrofísicos descobriram evidências de que nas bilhões de galáxias existem bilhões de estrelas com sistemas planetários, sendo possível que em grande quantidade deles existam as condições físico-químicas para o advento da vida, analogamente ao que se sucedeu na Terra.
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