Cultura

Bananada 2019: Festival goiano cresce e consolida-se

Agência Brasil

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 16:18 | Atualizado há 5 dias




Duda Beat (Foto: Itamar Júnior)

Fechando o festival, uma apresentação elevou os ânimos e tirou o folego de qualquer mortal presente no evento. Duda Beat (Foto) e sua singularidade deixaram a multidão animada (e em choque) com sua performance eletrizante, despojada e envolvente com a participação de Jaloo e Mateus Carrilho. A cantora tem ganhado espaço no cenário musical brasileiro e surge com um dos grandes nomes que caíram no hype da galera alternativa.

Além disso, presença de Boogarins abraça a cidade seja qual for a ocasião, a banda goiana não decepcionou em seu show e, de forma nostálgica, transporta o público para a gênese do festival.

Pitty (Foto), a grande headliner do Bananada 2019 termina a noite apresentando o novo trabalho Matriz, mas também desliza por seus clássicos que marcaram noites adolescentes de muitos presentes no festival, como “Equalize” e “Me adora” além de versões em voz e violão incluindo “Dançando” afagando corações dos amantes.



  • Pitty (Foto: Itamar Júnior)



Em síntese, o Festival Bananada satisfaz e supera expectativas ao que tange a música e experiências culturais, mas falha em questões estruturais, principalmente pela gentileza e prestatividade seletiva. Diante disso, conclui-se que inegavelmente o festival reflete a identidade da atual cena indie goianiense, essencial para seu alicerce.



  • Festival Bananada 2019 (Foto: Itamar Júnior)


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Antes tarde do que nunca, acompanhe as informações de tudo o que aconteceu no festival que movimentou o cerrado goiano no último fim de semana, foram três dias de shows com a presença de 21 mil pessoas no estacionamento do Passeio das Águas Shopping. Além disso, o próximo Bananada também está confirmado, e já tem data (17 a 23 de agosto de 2020) e os ingressos estão à venda.

Consolidado na cena indie, o Bananada contou com um line-up eclético e seu tema central celebrou a diversidade. Entretanto, problemáticas referentes principalmente ao tratamento com a imprensa local devem ser pontuadas. O acesso seletivo aos artistas foi um exemplo, muitos jornalistas encontraram dificuldades e grosserias desnecessárias vinda da equipe do festival, reiterando que, logicamente, é um problema não individual, mas estrutural de um cerne elitista.

Todavia, o festival contou com shows incríveis de artistas já consolidados e também em ascensão, revelando talentos na cena alternativa brasileira. O respeito as diversidades e o evidente posicionamento diante das atuais conjunturas políticas também foram essenciais perante aos retrocessos que atingem diretamente a classe artística, principalmente independente.

O Bananada também acertou na variedade de atividades, o festival contava com campeonatos de Vogue, GayMada e também pistas de skate. De fato, o tato experimental permitiu que ninguém se entediasse nesses três dias de muita música.



Jaloo e MC Tha (Foto: Bruna Alecrim)

A sexta-feira foi marcada por showzassos de Liniker E Os Caramelows, Black Alien, Jaloo e Mc Tha (Foto) – se atirando nos braços do público em um momento emocionante – e Baco Exu do Blues, que marcaram Arena do festival. Para além do rap, Liniker (Foto) transformou o show em uma grande festa, deixando Goiânia no chão, literalmente, ela transportou o público para um universo paralelo de completa agitação que transborda brasilidade. Já Baco, com a ilustre participação de Tuyo, fez de sua apresentação um instrumento político eficaz, reflexo de seu último álbum, Bluesman.



  • Liniker (Foto: Itamar Junior)



No dia seguinte, Tulipa Ruiz e João Donato (Fotos) abrilhantaram Bananada esbanjando simpatia, cumplicidade e afeto, evidente em seus projetos e manifestos ao longo do show. O clima tropical permeava cada nota, cada canção, principalmente no fim do show, onde Tulipa conduziu um “parabéns para você” singular em homenagem a João Donato que completou 85 anos durante o festival.





Em uns dos shows mais esperados da noite, Criolo (Foto) deslizava pelo palco esbanjando suingue e musicalidade, o cantor, também politicamente engajado, utilizou seu show como instrumento de resistência e crítica ao governo e sua elite burguesa em meio a versões dançantes de suas canções.







Duda Beat (Foto: Itamar Júnior)

Fechando o festival, uma apresentação elevou os ânimos e tirou o folego de qualquer mortal presente no evento. Duda Beat (Foto) e sua singularidade deixaram a multidão animada (e em choque) com sua performance eletrizante, despojada e envolvente com a participação de Jaloo e Mateus Carrilho. A cantora tem ganhado espaço no cenário musical brasileiro e surge com um dos grandes nomes que caíram no hype da galera alternativa.

Além disso, presença de Boogarins abraça a cidade seja qual for a ocasião, a banda goiana não decepcionou em seu show e, de forma nostálgica, transporta o público para a gênese do festival.

Pitty (Foto), a grande headliner do Bananada 2019 termina a noite apresentando o novo trabalho Matriz, mas também desliza por seus clássicos que marcaram noites adolescentes de muitos presentes no festival, como “Equalize” e “Me adora” além de versões em voz e violão incluindo “Dançando” afagando corações dos amantes.



  • Pitty (Foto: Itamar Júnior)



Em síntese, o Festival Bananada satisfaz e supera expectativas ao que tange a música e experiências culturais, mas falha em questões estruturais, principalmente pela gentileza e prestatividade seletiva. Diante disso, conclui-se que inegavelmente o festival reflete a identidade da atual cena indie goianiense, essencial para seu alicerce.



  • Festival Bananada 2019 (Foto: Itamar Júnior)


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