Cultura

Banda paulistana lança “Violeta”

Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2019 às 19:34 | Atualizado há 6 anos

Em meio ao cinza de São Paulo, a música é capaz de fazer o céu mudar de cores: “do branco passa para o azul, rosa e para o roxo”, De uma metrópole fria e indiferente, surge quase que uma necessidade de se fazer acordes mais solares. Assim, nasceu “Violeta”, o terceiro álbum da banda paulistana Terno Rei.

De maneira intimista, delicada e sincera, o quarteto composto por Alê Sater (voz e baixo), Bruno Paschoal (guitarra), Greg Vinha (guitarra) e Luis Cardoso (bateria) mergulha em reflexões sobre as nuances dos amores modernos e da solidão.

Lançado pelo selo Balaclava Records, o disco de onze faixas revela uma nova fase da banda. Sem perder sua identidade, o grupo mantém letras emotivas, mas com um diferencial em relação aos trabalhos anteriores: uma sonoridade mais pop e por vezes, até mesmo dançantes.

Para entender melhor esse processo de mudanças e novidades, o DMRevista bateu um papo com o quarteto, que está no front do indie/rock nacional, sendo um dos principais representantes do gênero na atualidade.

Confira os principais trechos da entrevista com a banda:

DMRevista – Como começou a banda? Qual é a história por trás do Terno Rei?

Eu (Bruno) e o baterista Luis, já tocávamos juntos antes. Era uma banda de hadcore, mas que foi caminhando para o fim. Mesmo assim, Luis e eu continuamos tocando, só fazendo umas jams e tal. Com o Greg foi parecido, também conheci ele através de outra banda. Já o Alê era um amigo pessoal, de infância. De alguma forma, tudo acabou se desenrolando de maneira muito natural, chegando até onde estamos hoje.

DMRevista – “Violeta” já é o terceiro álbum da banda. O que podemos notar de mudança entre esse e os trabalhos anteriores?

Muitas mudanças foram acontecendo nesses últimos anos. Fomos ficando mais velhos também, né? Acho que há uma evolução natural de amadurecimento em todo esse processo. Para esse disco, a vontade já era fazer algo diferente dos outros, algo mais hi-fi, com a voz mais à frente e sem tanta guitarra. As composições também acabaram melhorando. Outra coisa que influenciou bastante tudo isso, é que os produtores também são diferentes dos trabalhos anteriores. Então, acho que é uma somatória de fatores. Sempre nos ‘coçamos’ pra fazer algo melhor a cada trabalho e acredito que dessa vez conseguimos passar a mensagem mais redonda.

DMRevista – E como vocês definem “Violeta”?

Se fosse uma pessoa, seria alguém mais tímido, daquelas que desabrocha conforme você a conhece e que vai ficando mais bonita ao longo do tempo. Seria aquela que procura por música nova sem se apegar muito ao passado. A que gosta de viajar, mas não é muito do carnaval, da festa. Prefere um rolê em casa mesmo.

DMRevista – Como foi o processo de criação das canções?

Geralmente alguém leva alguma ideia de casa para o ensaio. Daí nós vamos arranjando ela em conjunto, pensando em uma estética, um tema, até construir de maneira que todos fiquem satisfeitos, o que é um pouco difícil (risos). Para este disco, não foi diferente e ainda fizemos isso com mais duas pessoas. O Gustavo Schirmer e Amadeus De Marchi, vieram para São Paulo, ajudar na produção. Além disso, as músicas passaram por mudanças também na hora do estúdio, porque vão surgindo novas ideias. Sempre na hora de gravar tem coisa que acaba não soando tão bem quanto você imaginava em sua cabeça e daí, você meio que tem que resolver na hora. Depois de tudo isso, estamos felizes que acabou dando tudo certo, numa boa. Acho que foi um trabalho que realmente ficamos 100% satisfeitos.

DMRevista – E qual a mensagem que pretendem passar com essas músicas?

Esse álbum acaba falando bastante sobre como lidamos com a rotina, cotidiano, relacionamentos… Enfim, gostamos muito de passar mensagens mais “pés no chão”, só que de uma maneira não tão óbvia ou escrachada.

DMRevista – Vocês pretendem vir tocar em Goiânia? Já tem algo planejado?

Estamos atualmente negociando com o Festival Bananada, mas nada certo por enquanto. Tomara que tenhamos uma definição em breve. Mas, é certo que durante 2019 vamos tocar pela cidade sim. Tocamos duas vezes aí durante nossa história e todas foram bem legais, então, temos bastante vontade de voltar.

Juliana Camargo – Especial para o DMRevista

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