O atual estágio da batalha em favor da biosfera e da sobrevivência humana

A interferência antrópica sobre comunidades naturais em equilíbrio nos ecossistemas da biosfera pode colocar em risco a complexa rede de relações que resultou de centenas de milhares, ou de alguns milhões de anos do trabalho evolutivo no planeta.

O crescimento desordenado das cidades, a expansão desmedida das fronteiras agrícolas, as florestas derrubadas sem critérios que possibilitem avaliar se a atividade fotossintética produtora de matéria orgânica e produção de gás oxigênio supera o próprio consumo no metabolismo das árvores, e também as queimadas que acarretam um enorme empobrecimento do solo ao destruírem o seu microbiota, estão determinando a extinção de um elevado número de espécies nos diversos reinos da natureza.

Outra grave consequência decorrente da perda da cobertura vegetal e da camada fértil do solo levada pelas chuvas é a erosão. Além disso, muitas espécies nativas de certas regiões são transportadas, intencionalmente ou não, para outras regiões. Essa introdução de espécies exóticas em diversas regiões causam grandes desequilíbrios ambientais ao afetarem os ecossistemas em equilíbrio quanto à teia alimentar.

No Zeitgeist do atual estágio da questão ambiental, a construção da Racionalidade Ambiental contrapondo a relutante racionalidade mecanicista e fragmentada que levou o homem à atual civilização industrial com suas mazelas sobre o planeta torna-se o principal cenário de batalha para sustar um processo de destruição já em marcha na biosfera com nítidos e inconfundíveis sinais de falência.