Avaliamos a versão Highline do Volkswagen sedã Virtus
Norton Luiz
Publicado em 22 de abril de 2018 às 23:20 | Atualizado há 1 semanaNorton Luiz
Editor de Veículos
Andamos no Volkswagen Virtus. Inovadora, imponente e sofisticada, a versão sedã do conhecido Polo, que ganhou fama pelo desempenho e conforto, é uma opção de compra recheada de atrativos. Fabricado em São Bernardo do Campo, São Paulo, e lançado em fevereiro último, o novo carro da Volkswagen, fez sua estreia no mercado brasileiro e segue para outros 15 países da América Latina, combinando economia, segurança e alta performance.
Com linguagem visual exclusiva desenvolvida em pesquisas, o Virtus é o primeiro de sua categoria feito sobre a Estratégia Modular MQB no Brasil, com linhas e elementos no design que remetem a automóveis de classes superiores e elevam o padrão os sedãs compactos. Com silhueta que lembra os modelos cupês, o Virtus traz o conteúdo, versões e mecânica do contemporâneo hatch.
Desde o início de fevereiro nas concessionárias da marca, o Virtus chegou custando R$ 59.990 na versão de entrada MSI, R$ 73.490 na Comfortline 200 TSI e R$ 79.990, na configuração topo de linha Highline 200 TSI. Esta foi a versão testada pelo DMAutos. Completona, ela causa excelente impressão ao dirigir. O design é moderno, o conforto interno é bastante atraente e desperta curiosidade pelo seu painel totalmente digital, impecável na aparência e funcionalidade.
Inserido em um segmento que tem recebido muita atenção dos fabricantes, o Virtus concorre diretamente com Fiat Cronos, derivado do hatch Argo, mas mira também suas armas no Chevrolet Cobalt, Honda City e Nissan Versa. Seu tamanho é considerado um ponto positivo do diante dos rivais. Mesmo sendo derivado do Polo, o Virtus tem dimensões mais generosas: com 4,48 metros de comprimento, ele é 42,5 cm mais comprido do que o hatch. O entre-eixos também é substancialmente maior: 8,6 cm a mais.
Com esse espaço, o Virtus acomoda cinco adultos com espaço de 521 litros no porta-malas, estabelecendo uma nova referência em conforto e aproveitamento de espaço nas categorias que participa, mais um benefício da flexibilidade da Estratégia Modular MQB. A altura do Virtus é de 1.468 milímetros (4 mm a mais do que a do Novo Polo) e a largura é a mesma: 1.751 mm. Soma-se a isso o acesso a bordo facilitado pelo amplo ângulo de abertura das portas traseiras, que são maiores, em relação às do Novo Polo.
Nas portas dianteiras há nichos que acomodam garrafas de 1,5 litro – as portas traseiras levam garrafas de 1 litro. Esses itens de conforto combinados são inéditos na categoria. Outro exemplo da funcionalidade da cabine é o descanso de braço central ajustável (ítem de série a partir da versão Comfortline). Sob ele há um compartimento de 1,26 litro de capacidade. O porta-luvas tem 8 litros de capacidade e refrigeração. O espaço para cabeça e na altura dos ombros e cotovelos também é bom.
Tecnologia e potência
O Virtus está sendo vendido com motor 1.0 TSI e 1.6 MSI. O motor TSI se destaca por garantir esportividade e comodidade com o câmbio automático. Nesta motorização, o carro faz de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e pode chegar aos 194 km/h. O MSI vem com motor 1.6 de até 117 cv e câmbio manual de cinco marchas. Já o Comfortline 200 TSI e o Highline 200 TSI contam com conjunto mecânico do motor TSI de até 128 cv (com etanol), com 20,4 mkfg a 2.000 rpm e transmissão automática de seis velocidades.
O motor 1.0 TSI só é pequeno fisicamente. Na capacidade, surpreende. Ele não deixa a desejar na carroceria do sedã. Os menos avisados não se dão conta que estão acelerando um motor 1.0. Durante a avaliação, o modelo fez média de 17 km/ litro de gasolina na rodovia.
No quesito segurança, vale também destacar o Sistema de Frenagem Automática Pós-Colisão, item exclusivo no segmento, que aciona automaticamente os freios do veículo quando ele se envolve em uma batida. O acionamento do Sistema de Frenagem Pós-Colisão se baseia na detecção da colisão inicial pelos sensores dos airbags, que são quatro.
Outra novidade do Virtus é o uso de inteligência artificial no lugar do manual do proprietário tradicional. Essa interação com o carro é feita por meio de um aplicativo que deve ser baixado no smartphone. O novo sedã conta com a segunda geração do Active Info Display, que substitui o painel de instrumentos analógico. Ele tem 10,25 polegadas, ou seja, o tamanho de um tablet. Sua resolução permite gráficos precisos e de alta qualidade.
Outro recurso é o sensor de fadiga, que detecta o cansaço do motorista e recomenda uma pausa. Ele analisa a forma como o motorista dirige e compara com os 15 primeiros minutos de direção. Em caso de desvio no comportamento, o equipamento dispara um alerta visual e sonoro. O Virtus possui ainda sensores que monitoram constantemente o modo de vibração e frequência de um ou mais pneus, detectando se houve perda de pressão.
Na pista, o sedã garante esportividade, prazer ao dirigir e segurança para realizar ultrapassagens e superar subidas íngremes com facilidade, sobretudo por conta da tecnologia do motor “200 TSI”, presente nas versões Comfortline e Highline. Com 200 Nm (Newton-metro) de torque, o maior da categoria, é o grande responsável pela sensação de performance e deslocamento, quando o corpo “cola” no banco nas retomadas de velocidade.
Os freios a disco nas quatro rodas como item de série nas versões TSI colaboram para melhor performance e proporcionam maior resistência ao chamado “fading”, a perda de eficiência por aquecimento. O conjunto opera em perfeita harmonia com a transmissão automática de seis velocidades que equipa as versões TSI do Virtus. Há ainda a opção de trocas manuais sequenciais Tiptronic, operada por meio da alavanca de transmissão ou pelas aletas no volante.
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