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Teste: DMAutos acelerou o Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI Flex Automático

Norton Luiz

Publicado em 5 de setembro de 2018 às 15:04 | Atualizado há 6 dias

Norton Luiz
Editor de Veículos

Já dirigiu um Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI Flex? Não? Não sabe o que está perdendo. Eu dirigi e tive a melhor das impressões. Um carro de design bonito, bem confortável e com um motor de pegada esportiva. Resistir ao atrevimento do compacto motor turbo é uma tentação. Ele rende 150 cv (com etanol e gasolina) de potência a 4.500 rpm e 25,5 kgfm que surge apenas 1.500 rpm, independente da mistura de combustível. O Golf disponibilizado era o mais completo, ou seja, tinha até os itens da enxuta lista de opcionais.

O modelo Highline 1.4 cedido pela Volkswagen andou na cidade com elegância e foi para a estrada com ousadia e atrevimento. As perguntas frequentes de curiosos surgiram, sempre com foco no motor: Anda bem? Esse motor é bravo mesmo? O que você tá achando do carro, em especial do motor? Esse motor 1.4 não é pouco para o Golf, mesmo sendo turbo?. Questionamentos normais de consumidores e admiradores do Golf. As perguntas não respondidas naquele momento, encontram as respostas agora. O design do carro, esse sim, foi sempre objeto de afirmação.

Esqueça a palavra frouxo se sua impressão é essa. O motor 1.4 faz um papel dos mais bonito. Se você acha que é pouco para arrastar o Golf com seus 1.279 kg tira isso de ideia. Um pequeno toque no acelerador, a reação é imediata e a trocas de marchas do câmbio automático de seis marchas acontece de forma macia, precisa e sem trancos.  A aparência cheia de charme do hatch é outro detalhe e ficou bem mais agradável com as sutis alterações feitas no modelo 2018.

Mais potente

O modelo nacional da sétima geração ganhou robustez, está mais macio, confortável e silencioso. Além disso ficou mais potente – o antecessor rendia 140 cv de potência, contra 150 cv do atual – e consumo mais baixo que o dos importados. Os para-choques foram redesenhados, e os novos faróis e lanternas agora são de LED, o que garante um padrão de iluminação com mais tecnologia e revela uma faceta mais moderna do modelo médio.

A pegada esportiva exige cautela do condutor. É preciso cuidado para que a empolgação não tome conta de quem está ao volante.  Para sair da imobilidade e alcançar os 100 km/h o motor 1.4 Turbo do Golf Higlhine gasta 8,7 segundos e alcança os 203 km/h de velocidade máxima. Faltou espaço – e coragem também – para tirar toda a potência do propulsor. Ficamos bem longe dessa marca, até pelo fato de faltar ouro detalhe importante: braço.

Nem o fato de sentir o carro no chão, grudado no asfalto e deixando evidente sua estabilidade,   fez aparecer coragem para pisar fundo no acelerador. Deixa esse estilo de tocada para quem tem mais habilidade e entende do riscado. Agora, que dá vontade isso dá! Cautela e caldo de galinha, como diz o velho jargão popular, não fazem mal a ninguém. Então, a melhor providência foi adotada.

O hatch médio bom de direção e provocador de emoções, não é escandaloso no consumo. Aliás, gasta menos do que o antecessor importado. Rodando com etanol no tanque, o consumo registrado foi de 7,8 km/l na cidade e de 9,6 km/l na estrada, mesmo sob um calor infernal que fazem Goiânia. Os números são muito próximos do apontado pelo Inmetro. Com gasolina, os números oficiais de consumo apontam 11,3 km/l na cidade e 13,7 km/l na rodovia. Nada mal para um modelo com cara e pegada esportivas.

Reestilização

Difícil achar um que não goste do design do Golf. Verdade, mesmo que alterações mais profundas não tenham sido feitas nos últimos anos. Esse novo estilo do Golf foi lançado na Europa em 2016, mas o atraso na chegada ao Brasil não muda o quadro de prestigio do modelo no País. O hatch se mantém firme e fiel às raízes. O modelo atual, vendido por pouco mais de R$ 110 mil, ganhou uma pequena reestilização, mas na dose certa. O porta-malas tem capacidade para 313 litros.

Agora, em se tratando de tecnologia o hatch inovou em muito e ficou recheado de itens de conforto e segurança (veja a lista no final da matéria), indispensáveis para um carro do seu porte e preço.  A transmissão automática Tiptronic AQ250-6F de seis velocidades, com conversor de torque, ajuda em muito a fazer a diferença.

O Golf Highline 1.4 TSI 2018 está bem mais completo. A oferta de itens de série foi ampliada e encurtada a lista de opcionais. A versão Highline testada pelo DMAutos traz de série volante multifuncional revestido de couro e com aletas para trocas de marcha; sensores de chuva e crepuscular e sistema “coming&leaving home”, que mantém os faróis acesos por determinado período (programável pelo computador de bordo).

Oferece também retrovisor interno eletrocrômico, controlador automático de velocidade (“cruise control”), câmera traseira para estacionamento, rodas de liga leve de 16 polegadas e  lanternas traseiras de LED. E ainda: sete airbags; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; bloqueio eletrônico do diferencial EDS e XDS+; controle eletrônico de estabilidade (ESC).

Outros itens

Soman-se a esses itens o sistema “Kessy” para abertura/travamento das portas e partida do motor sem uso direto da chave (chave presencial) e luz ambiente na cabine. Traz, ainda, ar-condicionado Climatronic de duas zonas; sistema start-stop, que desliga e liga o motor em paradas de semáforo, e bancos revestidos de couro.

Como opcionais o teto solar, rodas de liga leve de 17 polegadas com desenho “Karlskoga” e o pacote Premium, que integra sistema ACC com Front Assist e City Emergency Brake, sistema Pro Active, sensor de fadiga, sistema FLA de ajuste automático de farol alto, faróis de LED, sistema Park Assist 2.0 e o sistema de infotainment Discover Media. Todos esses itens foram disponibilizados na versão Highline testada.

A linha 2018 do Volkswagen Golf foi lançada em junho passado trazendo não só reestilizado,  com mais equipamentos de série e menos opcionais. O modelo apresenta novidade também nas motorizações 1.0 e 2.0 das versões Comfortline, de entrada, e da esportiva GTI.

Ambos os propulsores ficaram mais potentes. O primeiro saltou de 125 cv para 128 cv, com etanol, e o segundo ganhou 10 cv a mais, passando para 230 cv de potência. O Comfortline 1.0 TSI Flex Automático é vendido por R$ 91.790, o Highline 1.4 TSI flex Automático por R$ 112.190 e o GTI 2.0 TSI DSG gasolina Automático R$ 143.790.

A nota ruim da avaliação que o DMAutos fez do Golf Highline 1.4 TSI Flex Turbo automático  aconteceu no momento da devolução do carro na revenda Volkswagen. Deu vontade de andar mais. Esse é o único registro negativo.

 

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