Água e esgoto são vilões da inflação de Goiânia
Diário da Manhã
Publicado em 7 de agosto de 2015 às 23:23 | Atualizado há 9 anosO Índice de Preços ao Consumidor, conhecido pela sigla IPCA, de julho em Goiânia registrou variação 0,85%, ficando acima do nacional, que registrou variação de 0,62%. Goiânia obteve a 2ª maior alta do mês, atrás apenas de Curitiba (0,89%) e a frente de Porto Alegre (0,81%). Já o menor índice foi registrado em Belém, onde houve redução de preços (-0,07%), seguido por Vitória e Fortaleza, que tiveram altas de 0,11% e 0,27% respectivamente.
Dos grupos de atividades investigados em Goiânia, apenas os grupos Vestuário e Alimentação e Bebidas tiveram variação negativa de -0,37% e -0,31% respectivamente. Já as maiores altas ocorreram nos grupos Habitação (3,06%) e Transportes (1,10%). No acumulado dos últimos 12 meses, a variação de preços na capital goiana foi de 10,26%, superior ao nacional, que ficou em 9,56%.
Em julho, as três maiores altas na capital goiana foram registradas para: Taxa de Água e Esgoto (19,56%), Ônibus Interestadual (11,82%) e pera (9,99%). As maiores variações negativas foram observadas para tomate (-16,99 %), repolho (-12,49%) e Seguro Voluntário de Veículo (-8,49%).
O item que mais contribuiu para a alta de preços em Goiânia no mês de julho foi a Taxa de Água e Esgoto que ficou 19,56% mais altas na capital. No Brasil, a alta foi de 2,44%. A alta nas contas de água e esgoto atingiram sete das treze regiões pesquisadas, conforme mostra a tabela a seguir.
O INPC (índice calculado cuja população objetivo são as famílias com rendimentos de até 5 salários mínimos) de julho em Goiânia foi de 0,82%, acima do índice nacional, que ficou em 0,58 %. A maior alta em julho em Goiânia foi registrada no grupo Habitação (2,89%), seguido por Transportes (1,17%). Os grupos Alimentação e Bebidas e Vestuário obtiveram variação negativa no mês, -0,35% e -0,29% respectivamente. No acumulado dos últimos 12 meses, o INPC goianiense ficou em 11,15%, acima do nacional, que foi de 9,81%.
Indústria tem recuo
A produção industrial goiana recuou 4,3% em relação em junho deste ano em comparação a junho/2014, na série com ajustes sazonais. A constatação é da Supervisão de Documentação e Disseminação de Informações (SDI-GO). No Brasil, houve queda de 3,2% na mesma base de comparação, puxada pelo recuo da produção industrial em sete dos 15 locais pesquisados, acompanhando o movimento de queda na produção. Em relação a maio de 2015, a produção industrial do Estado não apresentou variação, enquanto a nacional teve uma queda de 0,3%, observa o estudo.
Conforme o informativo, o setor industrial goiano recuou 4,3% em junho de 2015, com seis das nove atividades investigadas apontando redução na produção. O impacto negativo mais relevante sobre o total na indústria foi observado no setor de veículos automotores, reboques e carrocerias (-31,9%), pressionado, especialmente, pela menor produção de automóveis e veículos para o transporte de mercadorias.
Outras pressões negativas importantes procederam dos ramos de produtos de minerais não metálicos (-19,0%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-8,2%) e de produtos alimentícios (-2,7%), explicados, em grande parte, pela queda na produção de cimentos “Portland”, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes e chapas, painéis, ladrilhos e outros artefatos de fibrocimento, no primeiro; de medicamentos, no segundo; e de açúcar cristal e carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, no último. Em sentido oposto, o setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,8%) assinalou o único resultado positivo sobre a média da indústria, impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de biodiesel.
No índice acumulado para os seis primeiros meses de 2015, o setor industrial goiano assinalou redução de 2,1% frente a igual período do ano anterior, com a maior parte das nove atividades investigadas mostrando queda na produção. O principal impacto negativo sobre o total da indústria foi observado no setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-24,4%), pressionado, especialmente, pela menor fabricação de medicamentos, segundo os estudos.
Pelas pesquisas do IBGE, outras pressões negativas importantes vieram dos ramos de indústrias extrativas (-4,6%), de produtos de minerais não metálicos (-14,3%), de outros produtos químicos (-17,2%), de produtos de metal (-21,0%) e, influenciados, sobretudo, pela queda na produção de fosfatos de cálcio naturais, minérios de cobre e amianto, no primeiro; de cimentos “Portland”, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes e telhas de cerâmica, no segundo; de adubos ou fertilizantes com nitrogênio, fósforo e potássio (NPK) e com fósforo e potássio, no terceiro; de latas de ferro e aço para embalagem de produtos diversos, esquadrias de ferro e aço e estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, no último. Por outro lado, a atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (16,9%) exerceu a contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria, impulsionada, especialmente, pela maior produção de biodiesel e álcool etílico.
índices da construção civil
O índice da construção civil em Goiás varia 0,46% em julho, segundo o levantamento do IBGE. Em Goiás, a variação do Índice da construção civil em julho foi de 0,46%, abaixo da variação nacional para o mesmo mês (0,69%) e acima da variação do índice no estado em junho (0,23%). Com a variação de julho, no acumulado do ano de 2015, o índice goiano foi de 1,90% contra 3,86% no índice nacional.
O custo nacional da construção civil, por metro quadrado aumentou de R$ 942,00 em junho para R$ 948,47 em julho, enquanto em Goiás, esse custo aumentou de R$ 918,96 para R$ 923,21 na mesma comparação. O custo por metro quadrado mais caro do país é do Rio de Janeiro (R$ 1.091,10), e o mais baixo em Rio Grande do Norte (R$ 827,83).
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, calculado mensalmente pelo IBGE por meio de convênio com a Caixa (Caixa Econômica Federal), foi criado em 1969 com o objetivo de produzir informações de custos e índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando a elaboração e avaliação de orçamentos, como também acompanhamento de custos.
O Sinapi tem abrangência nacional, sendo seus resultados relativos às 27 Unidades da Federação. No cálculo das séries mensais de custos e índices são consideradas apenas as despesas com materiais e salários (acrescidos dos encargos sociais). Não estão incluídas as despesas relativas aos seguintes itens: compra de terreno; execução dos projetos em geral; licenças, habite-se, certidões, seguros; administração da obra; financiamentos; lucro da construtora e incorporadora; ligações domiciliares de água, energia elétrica e esgoto; depreciações dos equipamentos; equipamentos mecânicos (elevadores, compactadores, exaustores…); equipamentos de segurança, máquinas, ferramentas e fundações especiais.
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