30 anos sem Leide das Neves
Redação
Publicado em 8 de agosto de 2018 às 20:55 | Atualizado há 6 anosA segunda edição do livro Sobreviventes do Césio 137 cumpre a função de atualização e redimensionamento de informações acerca de uma história que se iniciou em setembro de 1987 e que ainda não terminou.
Três décadas se passaram, e somente com distanciamento no tempo/espaço nos será permitido compreender aspectos relevantes que estão vindo à superfície, à medida que esse terrível desastre radiológico ocorrido no planeta Terra vai ganhando contornos mais humanizados.
O livro de Carla Lacerda, com o apoio do colega jornalista Yago Sales, colabora para este momento analítico e denuncia inconsistência em relatórios divulgados pelo Governo do Estado de Goiás acerca dos óbitos por câncer.
Sobreviventes do Césio 137 é um manifesto contra o apagamento desta história.
HISTÓRICO
O acidente radiológico de Goiânia, amplamente conhecido como acidente com o césio-137, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. A contaminação teve início em 13 de setembro de 1987, quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no Centro de Goiânia, em Goiás. Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, em que o menor valor corresponde a um desvio, sem significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves.
O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro-velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com césio-137 foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora das usinas nucleares.
SERVIÇO
Lançamento do livro Sobreviventes do Césio 137
Onde: Coruja Café (Rua T-37, Setor Bueno)
Data: Hoje, dia 9 de agosto
Horário: 19h
Entrada Franca
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