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A Floresta Amazônica do período glacial e da atualidade

Diário da Manhã

Publicado em 20 de junho de 2018 às 00:53 | Atualizado há 7 anos

O mundo estava mergu­lhado na idade do gelo, entretanto, as Florestas Tropicais se retraíam e macacos e papagaios tinham que se abri­gar em algumas poucas árvores que ainda serviam para que ani­mais e plantas pudessem evoluir e se diversificarem. Aquilo que era uma exuberante floresta de cor esverdeada foi perdendo folhas e amarelando até virar uma savana. Apenas alguns grupos de árvores permaneceram. Essa é uma teo­ria bastante aceita. Ela admite que isso ocorreu na região Amazônica ao longo da idade do gelo, e que depois, a floresta se expandiu de novo, dessa vez com um enorme advento de novas espécies.

Para o paleontólogo Paul Col­linuaux do laboratório de Biolo­gia da marinha em Woods Hole, Massachusetts, a Amazônia nun­ca teve prioritariamente campos, nem savanas, só floresta. A Flores­ta Amazônica possui a maior bio­diversidade do planeta..

Durante a última glaciação, a África, ao que tudo indica, fi­cou mais árida, entretanto, essa mesma dedução não é evidente quando se refere à região da Flo­resta Amazônica.

Paul resolveu testar essa teoria da seguinte maneira: Procurou um trecho do solo que pudesse conter caracte­rísticas dos últimos milênios como por exemplo pólen de gramíneas ou de árvores. Caso houvesse muito pólen de gra­míneas e pouco de árvores em concordância com o tempo da glaciação, a teoria que propõe que a Amazônia se tornou uma espécie de savana na glaciação estaria correta.

Collinuaux encontrou o lago Prata no norte do Brasil e dele retirou amostras do solo com 6,5 m de comprimento e atra­vés da análise de carbono 14 obteve dados de 30 mil anos de história, portanto, conse­guiu dados sobre o epicentro da idade do gelo. O resultado da pesquisa colocava em cheque a teoria anterior, pois as amos­tras revelavam uma supremacia total de pólen de árvores e ne­nhuma evidência de aumento de pólen de gramíneas.

Em outro lago, há mais de 1000 km desse ele tornou a encontrar apenas pólen de árvores. Os re­sultados indicavam que a floresta sempre foi floresta.

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