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A origem dos elfos na literatura

Redação

Publicado em 5 de março de 2018 às 23:59 | Atualizado há 2 semanas

Atualmente adorados, os elfos tiveram um início não muito amigável na cultura popular. Sua origem, da mitologia e folclore germânico, remete à imagem de seres malandros, e seus tamanhos eram, então, diminutos. Para mui­tos dos países escandinavos, como Islândia, eram espíritos da floresta, invisíveis aos olhos humanos, e que protegiam as regiões que viviam.

Um dos primeiros relatos dos el­fos na literatura foi com o livro The Royal Prayer Book, do século 9. Era uma forma rebuscada de chamar demônios e outros males. De fato, os elfos na época eram conhecidos como espoletas, e tinham um ta­manho muito menor do que vemos em Senhor dos Anéis. Alguns tinham até mesmo a representação de asas em suas figuras, sendo muito pare­cido com fadas e Leprechauns. Na época, eram usados pela população como figuras de disciplina, ou para fatos que não conseguiam explicar.

Com o avanço do cristianismo, a figura do elfo começou a ganhar ares de graça. Porém, apenas recen­temente que a cultura popular ado­tou os pequenos seres como os aju­dantes do Papai Noel. Ainda mais atual, a figura alta, de forma huma­na, traços delicados e quase angeli­cais, além de um compostura e ética rígidas, foi popularizado por Tol­kien, com a obra Senhor dos Anéis. Gary Gygax, co-criador do mundial­mente jogado RPG Dungeons and Dragons, assumiu que também aju­dou a difundir a imagem deles em tamanho humano, sendo os seres também extremamente hábeis lu­tadores, arqueiros, curandeiros, ma­gos e outras classes que são possí­veis de escolha no jogo.

Na obra Guerra das Raças, de Daniel Jahchan, há uma mistura de fatores antigos e novos. Os elfos são representados como seres be­los, de grande graciosidade, e exí­mios nas artes de guerra. Entretan­to, possuem um lado sombrio: são ardilosos, assim como a cultura nór­dica descreviam os seres. Em um período de guerra como o repre­sentado no livro, os anões alertam sobre como eles são espertos e as­tutos. Mas, sempre existem aque­les que quebram os estigmas. E a obra Guerra das Raças demonstra isso. No livro, não apenas os elfos, mas também as outras raças (anões, orcs, demônios, humanos) estão em um conflito que dura séculos. Infanto-juvenil, Guerra das Raças demonstra como o preconceito ma­chuca uma população inteira, que poderia estar em paz e harmonia e evoluindo em conjunto se estives­sem fazendo uma coisa: respeitan­do as diferenças.

SOBRE O AUTOR

DANIEL JAHCHAN: Nascido em 1994, na capital paulista, a pai­xão de Daniel Jahchan pela litera­tura nasceu quando tinha apenas oito anos. Aos 11 começou a escre­ver fanfics de suas histórias favori­tas e aí nasceu a paixão pela escrita. Depois das fanfics, vieram contos, poemas e canções, até chegar aos livros. Guerra das Raças, apesar de não ser a primeira obra que con­cluiu, foi a primeira que despertou seu desejo de publicação. Quando não está pensando nas aventuras de Zia e Ikarus, o autor está no Ins­tituto de Física da Universidade de São Paulo, onde estuda outra gran­de paixão desde 2013.

 

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