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Belezas de Quirinópolis

Diário da Manhã

Publicado em 1 de junho de 2018 às 00:43 | Atualizado há 2 semanas

No último fim-de-semana, o DmRevista esteve na ci­dade de Quirinópolis, dis­tante 285 quilômetros de Goiânia, para conferir o IV Festival Gastro­nômico Chica Doida, que home­nageou o prato à base de milho criado na cidade há mais de 60 anos e que hoje é conhecido na­cionalmente. A cidade tem cerca de 50 mil habitantes, e foi funda­da no início dos anos 1940. O ca­minho tem início na GO-060 (to­talmente duplicada), que sai de Goiânia através do Setor Parque Oeste Industrial, passando por várias cidades até dobrar a GO- 164 (de pista única), na altura de Acreúna, cortando Santa Helena. Em Quirinópolis, a estrada desá­gua noutra GO, a 483, que dá aces­so aos municípios de Paranaigua­ra e São Simão, que faz divisa com Minas Gerais.

No sábado, percorremos a GO 319 à caminho de uma fazenda produtora de peixes. Ao longo da estrada, cortamos o povoado de Denislândia (também conheci­do como Tocozinho) observando a extensa plantação de cana-de­-açúcar (cultura importante para a economia regional), que alimenta principalmente a Usina São Fran­cisco, há 23 quilômetros da sede do município. A proximidade com o Porto de São Simão (há 85 qui­lômetros), facilita o escoamento da produção agrícola através da Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná. No Domingo, visitamos um com­plexo de ranchos recreativos cha­mado Cachaçamba, às margens do Rio Preto, pouco antes do en­contro com o Rio Paranaíba, pró­ximo à divisa com Minas.

Dentro da cidade, vários edi­fícios chamam a atenção dos vi­sitantes. A Câmara Municipal de Quirinópolis, que fica na Praça dos Três Poderes, às margens da Avenida Rui Barbosa, possui as­pecto arquitetônico circular. Pró­ximo dali, na Avenida Dom Pe­dro I, encontramos o monumental Teatro Municipal (que até 2013 se chamava Teotônio Vilela, e hoje atende pelo nome de Palácio da Cultura Sodino Vieira de Car­valho). A Velha Matriz, que fica na Praça Coronel Jacinto Honó­rio (também conhecida popular­mente como Praça dos Patos), foi construída em 1910 por José Qui­rino Cardoso (origem do nome da cidade, Quirinópolis). A sinuosa nova matriz possui duas torres e fica noutra praça acessível a par­tir da Avenida Brasil.

O site Siga Saúde Goiás apre­senta alguns dados históricos so­bre o início de Quirinópolis, que apesar de ter sido emancipa­da apenas na década de 1940 do século XX, teve seus primórdios mais de um século antes, no ano de 1832, com a vinda de uma fa­mília de desbravadores de Ouro Preto, Minas Gerais. O povoado teve origem em 1843, quando re­cebeu uma doação de terras para a igreja católica. A primeira capela, dedicada à Nossa Senhora D’Aba­dia, ficava numa zona de risco, e foi demolida no início do século XX. Permaneceu anexada ao mu­nicípio de Rio Verde até a emanci­pação, em 1944. A partir dos anos 1970, Quirinópolis tem presen­ciado uma grande taxa de expan­são populacional e de atividades econômicas.

CHICA DOIDA

O prato que dá nome ao IV Fes­tival Gastronômico Chica Doida é feito da mesma base da pamo­nha, a massa de milho. De acor­do com a primeira dama da cida­de, Zélia Teodoro, o festival coloca Quirinópolis entre os 15 municí­pios do circuito gastronômico de Goiás, que hoje é o maior do País. Também dá visibilidade à cida­de em vários programas de TV, transmitidos em rede nacional. O nome, Chica Doida, faz referên­cia à picância do prato, que leva uma quantidade considerável de pimenta, além dos sabores saltan­tes da gueiroba e do jiló. Chica era a cozinheira da casa de dona Pe­tronilha, a criadora do prato. Jun­to com linguiça e bastante quei­jo, os ingredientes são assados. A ideia desta fórmula surgiu da falta de palha para enrolar a massa de milho e fazer pamonha.

O Festival, realizado no Parque de Exposições da cidade, contou com várias atrações culturais. Os shows ficaram a cargo das bandas Babado Novo, Ira! e Bonde do For­ró. Também foi realizado o concur­so A Chica Mais Doida, que reu­niu 12 escolas municipais (além da Universidade Estadual de Goiás) na função de desenvolver uma re­leitura do prato tradicional. Foram premiados quatro pratos, dois no quesito sabor, e outros dois no que­sito apresentação. Outra convidada ilustre foi a chefe de cozinha Amé­lia Lino, conhecida em todo o país como artista de bolos florais. Ela se apresentou no sábado para o públi­co do evento – estimado em cerca de 45 mil pessoas – com uma recei­ta de bolo inspirada na Chica Doi­da: a Chica Flor.

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