Entretenimento

Braza lança Moldado em Água – Retratos do Baixo Tapajós

Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 22:05 | Atualizado há 7 anos

Marcio Isensee e Sá, respon­sável pelas imagens e pela dire­ção de fotografia, é videomaker, fotógrafo e colaborador de sites de jornalismo ambiental, além de ter assinado a direção dos filmes Andes Água Amazônia (2012), Um Rio em Disputa (2015) e Sob a Pata do Boi, com previsão de lançamento para 2018.

Amigo de longa data de Da­nilo Cutrim e Nícolas Christ, e irmão de Vitor Isensee, todos integrantes do projeto musi­cal Braza, Marcio teve a ideia de registrar o vídeo da música Moldado em Barro (terceiro ví­deo do álbum da banda Tijolo por Tijolo) na rica atmosfera do oeste do Pará.

Quando viram que passa­riam cerca de dez dias imersos entre o urbano de Santarém e determinadas Áreas de Con­servação Ambiental de parte da exuberante Floresta Amazônica, os quatro decidiram que além do vídeo para a música, realizariam também um documentário.

Com depoimentos de Domin­gos dos Santos (Cacique Mun­duruku de Bragança), Mestre Chico Malta (compositor, violão e voz) e Cláudio Matias (percus­são) do Grupo Cobra Grande Ca­rimbó, Maria Margarete (Líder da Associação de Moradores do Bairro Vista Alegre do Joá), Luiz Antônio Melo (Comunidade Ri­beirinha São Domingos), Mano­el Pires (representante da Asso­ciação de Moradores do Bairro Maracanã) e Giuliana Henri­ques e Felipe Garcia (paulistas residentes há 10 anos, pesquisa­dores da região e produtores lo­cais do documentário), Molda­do em Água – Uma viagem Pelo Baixo Tapajós busca sublinhar a importância dos conhecimentos e valores tradicionais. O objeti­vo é dar visibilidade e voz a uma região de riquezas naturais, tra­dições culturais e sociais impor­tantes que vem sofrendo com a ganância e a cegueira ecológica e social de modelos econômicos (ditos) desenvolvimentistas.

Em nome do lucro, florestas são derrubadas, queimadas e inundadas. Hidrelétricas sobre­põem-se à lugares santos de et­nias indígenas. Áreas de Conser­vação são reduzidas ou extintas para exploração de minério, plantação de milho, soja e cria­ção de gado. Leis trabalhistas são flexibilizadas para permitir o trabalho semelhante ao escra­vo. Ocupações em terras devo­lutas por pessoas sem moradias são violentamente reprimidas. A desigualdade social deixa cica­trizes profundas.

Indígenas, ribeirinhos, qui­lombolas e seringueiros, corajo­samente travam uma luta diária por sua subsistência e pela pre­servação da maior Floresta Equa­torial do planeta.

 

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