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Cérebro humano pode ser construído por supercomputador

Diário da Manhã

Publicado em 18 de abril de 2018 às 00:52 | Atualizado há 7 anos

Um dos computadores mais potentes da Terra é o “Blue Gene”, construído pela IBM. Ele se encontra no Lawrence Liver­more National Laboratory, na Cali­fórnia, local onde se projetam ogivas termonucleares para o Pentágono. Trata-se de um complexo com uma área de 790 acres e que emprega quase 7.000 pessoas.

O Blue Gene da IBM é capaz de computar a uma velocidade fan­tástica de 500 trilhões de operações por segundo. O computador mons­tro possui uma quantidade enor­me de fileiras de gabinetes de aço. É imenso. Ocupa um quarto de acre. É completamente silencioso ao reali­zar trilhões de cálculos complexos. Esse computador simulou o proces­so de funcionamento do cérebro de um camundongo, que possui algo em torno de 2 milhões de neurô­nios. Comparativamente o cérebro humano é dotado de algo em torno de 100 bilhões de neurônios.

A simulação do cérebro do ca­mundongo, mesmo para um com­putador Blue Gene é algo muito difícil, porque cada neurônio está conectado com muitos outros for­mando uma rede ultradensa. A es­tupenda capacidade de computa­ção, na verdade foi capaz de simular por poucos segundos. Entretanto, não foi possível simular o comporta­mento do pequeno mamífero.

Henry Markram, da École Poli­technicque Federale, da Lausanne, na Suíça, teve sucesso na empreita­da de modelar a coluna neocortical do rato, composta de 10.000 neurô­nios e 100 milhões de conexões. Foi um acontecimento histórico para a Ciência porque significou que era biologicamente possível a análise de toda a estrutura de uma impor­tante parte do cérebro.

No ano de 2009, Markram cheio de otimismo disse: “Não é impossível construir o cérebro hu­mano, e acredito que podemos fazer isso em aproximadamente 10 anos. Se construirmos correta­mente ele deverá falar, ter uma in­teligência e se comportar de modo muito parecido com um humano”. Para levar a efeito tal façanha se­ria necessário um supercomputa­dor 20 mil vezes mais potente do que os atuais supercomputadores e com uma capacidade de memó­ria 500 vezes maior do que o ta­manho de toda a Internet atual. Quando lhe perguntaram qual a pedra no caminho dessa meta co­lossal? – Ele respondeu: Dinheiro. Não é uma questão de anos, e sim de dólares…” Temos a ciência co­nhecida para fazê-lo.

A previsão foi feita em 2009. Es­tamos em 2018.

 

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