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Conhecido por seus livros que falam sobre ciência de forma leve

Redação

Publicado em 19 de junho de 2018 às 00:11 | Atualizado há 7 anos

Como todo bom cientista, o astrofísico Mario Livio é um curioso por excelência. No li­vro Por quê?, que chega às li­vrarias em junho pela Record, ele faz uma minuciosa análise sobre o que vem antes disso: o que, afinal, provoca a curio­sidade? Quais são os meca­nismos por trás da curiosida­de e da exploração? Sem uma resposta pronta ou consenso científico sobre o assunto, Li­vio consultou estudiosos de vários temas e entrevistou pes­soas excepcionalmente curio­sas – de astronautas a astros do rock.

No livro, ele cita exemplos que vão da ciência à literatura e à música para ilustrar suas teorias. Explica os diferentes tipos de curiosidade definidos por cientistas e seus níveis de intensidade. E, além de mer­gulhar em dados e pesquisas, analisa ainda as trajetórias de dois indivíduos que, em sua opinião, “representam duas das mentes mais curiosas que já existiram”: Leonardo da Vin­ci e o físico Richard Feynman.

O texto passeia pelas mais diversas disciplinas, de psico­logia a neurociência, passan­do por, na verdade, a história do mundo e das sociedades de forma bem geral – Livio defen­de que, ao abandonar a pre­tensão dogmática do conhe­cimento que caracterizou a humanidade na Idade Média e substituí-la pela curiosida­de, o ser humano despertou para um novo estilo de vida. Divertido, Livio dá ao leitor uma série de informações científicas e acadêmicas de maneira muito leve, com di­reito a histórias engraçadas sobre suas pesquisas.

TRECHO

“Há vários tipos de curio­sidade – aquela coceirinha para descobrir mais. O psicó­logo anglo-canadense Daniel Berlyne colocou a curiosidade em um gráfico com dois eixos principais: um entre a curiosi­dade perceptiva e a epistemo­lógica; e outro entre a curio­sidade específica e a geral. A curiosidade perceptiva é pro­vocada por valores atípicos extremos, por estímulos no­vos, ambíguos ou confusos, e motiva a inspeção visual – pensemos, por exemplo, na reação das crianças asiáticas de uma vila remota ao depa­rar com um caucasiano pela primeira vez. A curiosidade perceptiva costuma diminuir com a exposição continuada. O oposto à curiosidade per­ceptiva no esquema de Berly­ne é a curiosidade epistemoló­gica, o verdadeiro desejo pelo conhecimento (o “apetite pelo conhecimento”, nas palavras do filósofo Immanuel Kant). Essa curiosidade tem sido o gatilho principal para todas as pesquisas científicas bási­cas e investigações filosóficas, e provavelmente foi a força por trás de todas as primeiras bus­cas espirituais.”

Mario Livio é astrofísico in­ternacionalmente conhecido e autor de best-sellers. Membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência, é consul­tor científico da Orquestra Sin­fônica de Baltimore e partici­pou de programas de televisão como 60 Minutes, Nova e The Daily Show with Jon Stewart. É autor de A equação que nin­guém conseguia resolver, Ra­zão áurea, Deus é matemáti­co? e Tolices brilhantes, todos pela Record.

 

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