Cordel do Fogo Encantado apresenta o disco Viagem Ao Coração do Sol em Goiânia
Redação
Publicado em 7 de setembro de 2018 às 23:20 | Atualizado há 2 semanasApós lançar o disco que marcou o retorno da banda aos palcos, Cordel do Fogo Encantado chega a Goiânia para cantar pela primeira vez na cidade as canções do disco, Viagem Ao Coração do Sol, além de clássicos dos álbuns anteriores, Cordel do Fogo Encantado (2001), O Palhaço do Circo Sem Futuro (2002) e Transfiguração (2006). A apresentação faz parte do Projeto Música no Câmpus promovido pela Universidade Federal de Goiás e Unimed Goiânia e acontece dia 11 de setembro, no Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufáiçal–Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás; os ingressos já estão à venda.
Conhecidos por sempre inovarem na cenografia, a luz do palco estará sob responsabilidade de Jathyles Miranda de Souza, que acompanha a banda desde o início. Já o video mapping fica por conta de Gabriel Furtado e o figurino é assinado por Isadora Gallas.
Além disso, a cantora Isadora Melo faz participação especial em algumas músicas do novo álbum, como Sideral ou Quem Ama Não Vê Fim, Raiar ou O Vingador Da Solidão, Conceição ou Do Tambor Que Se Chama Esperança, Eternal Viagem, Força Encantada ou Largou As Botas E Mergulhou No Céu e Liberdade, A Filha do Vento. Isadora é pernambucana e iniciou sua trajetória no tradicional espetáculo natalino Baile do Menino Deus. Hoje, aos 28 anos, a cantora acumula no currículo importantes apresentações nos palcos do ExcentriCidades, Museu do Estado de Pernambuco, além de passagens pelas cidades de Bordeaux e Orleans (França), e Lisboa (Portugal), festival Cancion sobre Cancion com o grupo Argentino Chanco a Cuerda, Festival REC Beat, Festival de Inverno de Garanhuns, Festivália (Rio2C), e também participações em discos e shows da Orquestra Contemporânea de Olinda, Zé Manoel e Juliano Holanda. Seu álbum de estreia, Vestuário, foi lançado em outubro do ano passado.
SOBRE O CORDEL DO FOGO ENCANTADO
No ano 1997, em Arcoverde, sertão de Pernambuco, no Nordeste brasileiro, surgiu um grupo cênico-musical, compartilhando o teatro e a poesia oral e escrita dos cantadores e ritmos afro-indígenas da região. E, dessa mistura, nasceu o espetáculo: Cordel do Fogo Encantado.
Cordel é sinônimo de história de um povo em forma de poesia. Enquanto, Fogo é o elemento mais representativo do lugar de origem e da intenção músico-poética inconstante e mutável do grupo. Já Encantado ressalta a visão fantástica e profética dos mistérios entre o céu e a terra. Por dois anos, o espetáculo, sucesso de público, percorreu o interior pernambucano.
No carnaval de 1999, o Cordel se apresentou no Festival Rec-Beat, em Recife, e adaptou a narrativa do Fogo Encantado aos palcos de rua. Nisso, a estreia no carnaval pernambucano chamou a atenção da crítica, e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e a condição de revelação da música brasileira.
Foi quando a banda consolidou sua formação definitiva com os arcoverdenses José Paes de Lira (Lirinha), Clayton Barros e Emerson Calado, e os percussionistas recifenses, Nego Henrique e Rafael Almeida (do Morro da Conceição).
Através da poesia de Lirinha, a força do violão de Clayton, a referência rock de Emerson e o peso da levada dos tambores dos ogãs Rafa e Nego Henrique, o Cordel do Fogo Encantado passou a percorrer o país, conquistando a todos com suas apresentações únicas e antológicas. Surpreendendo não somente, pela ousada mistura sonora, mas também, pela intensidade cênica de seus integrantes e os requintes de um projeto de iluminação e cenário.
Em 2001, com a produção musical de Naná Vasconcelos, o grupo lançou seu primeiro álbum: Cordel do Fogo Encantado. A evolução artística ampliou ainda mais o alcance do som da banda que, atuando de forma independente, por onde passava, ganhava mais público e atenção da mídia.
Em 2003, o grupo lançou seu segundo registro de estúdio: O Palhaço do Circo Sem Futuro, co-produzido pelos próprios integrantes e por Buguinha Dub e Ricardo Bolognine. O álbum foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musicais produzidos nos últimos anos. Em turnê, seu show ganhou projeção internacional, com apresentações na Bélgica, Alemanha, França e Portugal.
Em outubro de 2003, o Cordel do Fogo Encantado lançou o DVD “MTV Apresenta”, o primeiro registro audiovisual da banda. “Transfiguração”, terceiro álbum, lançado em setembro de 2006, com produção de Carlos Eduardo Miranda e Gustavo Lenza, e mixagem de Scotty Hard, vem transformar, ainda mais, a linha tênue entre poesia, artes cênicas e música, firmando o Cordel do Fogo Encantado como um dos grupos mais representativos no cenário da música independente nacional.
Entre os prêmios conquistados pelo grupo estão o de banda revelação pela APCA (2001), melhor grupo nacional pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Qualidade Brasil (2003), bicampeonato do prêmio Hangar (2002 e 2003) e APCA, como melhor compositor nacional, Lirinha (2006).
No cinema, a banda participou do filme de Cacá Diegues, Deus é Brasileiro, e do documentário O Homem que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira.Em fevereiro de 2010, após 13 anos de trabalho ininterrupto, a banda anunciou a paralisação de suas atividades.
No início de 2017, o Cordel do Fogo Encantado voltou a se reunir para a criação de um Viagem Ao Coração do Sol, lançado em abril de 2018, e que agora segue em turnê.
SERVIÇO
Projeto Música no Câmpus– CORDEL DO FOGO ENCANTADO
Dia: 11 de setembro de 2018 (terça-feira)
Horário: 20h30
Abertura dos Portões: 20h
Local: Centro de Cultura e Eventos da UFG–Campus Samambaia
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Pagam meia: Estudantes, Professores e Técnicos Administrativos da UFG, Beneficiários Unimed, Professores da Rede Pública de Ensino.
Pontos de venda: Livrarias UFG e República da Saúde
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