Doenças que alteraram os rumos da história
Redação
Publicado em 30 de julho de 2018 às 23:46 | Atualizado há 6 anosDoenças têm poder de alterar o processo histórico? A resposta é positiva para o médico infectologista Guido Carlos Levi. No livro Doenças que mudaram a História, lançado pela Editora Contexto, o autor registra que enfermidades como varíola, tifo, escorbuto e cólera influenciaram o destino de algumas nações e povos.
O livro é o resultado de conversas descontraídas entre oito médicos apaixonados pelo tema. Doenças que mudaram a História registra exemplos emblemáticos sobre o assunto em uma linguagem acessível ao leitor. No capítulo A Peste dos Mares, por exemplo, é relatado como o tifo e o escorbuto influenciaram a Guerra Anglo-Espanhola em 1588. A Armanda Invencible (esquadra formada pelo rei Filipe II da Espanha para invadir a Inglaterra) chegou à costa escocesa com cerca de 3 mil tripulantes com sintomas de escorbuto e tifo. Os ingleses, próximos de suas fontes de abastecimento e sem problemas de saúde, conquistaram a vitória no conflito.
“O estudo das epidemias e de sua influência no destino de povos e nações é um assunto fascinante. O mesmo se pode dizer do conhecimento sobre doenças que não tiveram características epidêmicas, mas que acometerampersonagens de grande importância e influência ampla, histórica ou artisticamente, como no caso do artista mineiro Aleijadinho”, afirma Levi na introdução do livro.
O AUTOR
Guido Carlos Levi é médico infectologista, com doutorado pela Universidade Estadual de Campinas. Foi médico do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo durante 40 anos e diretor do Instituto de Infectologia Emílio Ribas durante outros seis. Foi diretor do Conselho Regional de Medicina de 1983 a 1988, tendo sido presidente de 1986 a 1988. É membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações e assessor na área de imunizações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
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