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Financiamento tenta resgatar romance de escritora que inventou romance policial

Redação

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 22:18 | Atualizado há 6 anos

E se você escrevesse um livro e fosse esquecida? E se suas ideias fossem copia­das, repetidas 140 anos de­pois, mas a maioria daque­les que amam sua criação nunca nem mesmo tivesse ouvido falar de você?

Anne Katherine Green inventou o romance poli­cial como se conhece até hoje e com as técnicas que são usados à exaus­tão por livros, filmes e sé­ries de televisão. Para citar apenas alguns elementos criados por ela: um deteti­ve experiente que suspeita de “todos e de ninguém”, um jovem apaixonado pela mulher, cuja evidên­cia aponta como suspeita, o uso de lógica e técnicas forenses para encontrar o culpado (pedaços de car­tas, testemunhas desapare­cidas) e técnicas de escritas de mis­tério que oferecem pistas – muitas falsas – para que o caso seja investi­gado também pelo leitor. Além dis­so, Ebenezer Gryc,e se tornou o pri­meiro detetive serial da literatura

O estilo de escrita de Green foi tão marcante em seu primeiro romance que arrebatou fãs em diversos paí­ses. Naquela ocasião ela se tornou referência para escritores de todo o mundo, tendo entre seus fãs o britâ­nico Arthur Conan Doyle, o pai de Sherlock Holmes, que viajou para conhecer a escritora americana. Ou­tra fã foi ninguém mais nin­guém menos que Agatha Christie.

Para resgatar e devolver a Anne seu papel nas histó­rias de ficção, a jovem edi­tora Monomito Editorial e a autora Cláudia Lemes, uma das escritoras de ro­mances policiais mais im­portantes da literatura bra­sileira da atualidade deram início o financiamento co­letivo através do Catarse.

Segundo Cláudia o fun­damental agora é trazer ao conhecimento de autores e leitores de romance po­licial as origens do gênero. “Se essa mulher não tivesse transgredido ainda jovem as ordens do pai e não ti­vesse escrito às escondidas esse livro, por seis anos, tal­vez o romance de investigação não tivesse chegado onde chegou com nomes fortes como Agatha Christie”.

De acordo com a publisher da Monomito Editorial, Adriana Cha­ves, o projeto do financiamento foi pensado para destacar os elemen­tos típicos dos romances de inves­tigação. A capa, por exemplo, foi de­senha pelo estúdio da ProjectNine que escondeu easter eggs para pro­porcionar desde o princípio a expe­riência de mistério e investigação ao leitor. Além disso, uma das recom­pensas, para os primeiros colabo­radores será um jogo de mistério. “A brincadeira será coordenada pela Cláudia. Os participantes serão dete­tives em uma narrativa policial com missão e claro gratificação”.

SINOPSE

O rico homem de negócios Hora­tio Leavenworth foi assassinado den­tro de sua mansão com um tiro. Ele deixou uma grande fortuna e duas sobrinhas, e uma delas, Eleanore, se torna a principal suspeita ao ser re­velado que ela não herdaria os bens do tio. A incumbência de descobrir o assassino e o motivo do crime recai sobre o investigador Ebenezer Gryce que usa inteligência e capacidade de dedução, acima da média, para jun­tar pistas e revelar segredos. Em para­lelo, o jovem advogado Everett Ray­mond decide conduzir sua própria investigação com o intuito de pro­var a inocência de Eleanore, a mu­lher por quem se apaixonou.

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