Freud e a fantasia – os filtros do desejo
Redação
Publicado em 10 de agosto de 2018 às 00:01 | Atualizado há 6 anosOrganizada pela psicanalista Nina Saroldi, a coleção “Para ler Freud” reúne livros que apresentam textos do autor e volumes temáticos, que abordam um espectro de trabalhos que seriam empobrecidos se comentados separadamente. O mais novo exemplar da série, Freud e a fantasia – os filtros do desejo, do psicólogo e psicanalista Carlos Alberto de Mattos Ferreira, se enquadra no segundo caso.
Carlos Alberto parte de sua tese de doutorado para mostrar como a “fantasia” se apresenta na obra de Freud como numa espécie de labirinto. Surgindo desde os primeiros textos do pai da psicanálise, o tema reaparece até o final de sua obra, combinando-se inclusive com outros conceitos, como sintoma e devaneio.
O livro aborda a gênese da fantasia nas lembranças, nos sintomas e nos traumas, relacionando aspectos da sexualidade, da tensão, do afeto, dos sonhos e do desejo. Na obra, o autor analisa, por exemplo, como a relação de fantasia, brincadeira e desejo retoma a questão do que está oculto: “A criança busca no brincar o desejo de ser grande e adulta, construindo no faz de conta o que conhece do mundo dos mais velhos. E não esconde esse desejo. O adulto, por sua vez, não revela sua fantasia. Por um lado, há uma sociedade que exige que se comporte abrindo mão de brincadeiras e fantasias, de acordo com as exigências do mundo real”, escreve.
Carlos Alberto discorre também sobre um questionamento que aparece em toda obra freudiana: “De onde vem o material criativo?” Freud e a fantasia – os filtros do desejo chega às livrarias neste mês de fevereiro pela Civilização Brasileira.
Carlos Alberto de Mattos Ferreira é psicólogo e psicanalista, com graduação em Fonoaudiologia e Comunicação Social. Fez doutorado em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É professor titular e coordenador de pós-graduação do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação do Rio de Janeiro.
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