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Girl Power: Edipro lança obra feita inteiramente por mulheres

Redação

Publicado em 5 de março de 2018 às 23:52 | Atualizado há 2 semanas

A história do feminismo é re­cente, começa no século XIX e ga­nha força no século XX. Os movi­mentos que o cercam custam a ter voz, e cada vez mais lutam por seus direitos e para mostrar o papel fe­minino na sociedade. Um clássico da literatura, Herland – A Terra das Mulheres deixa uma importante marca nesta mobilização. Um sé­culo depois da primeira publica­ção, o selo Via Leitura, da Edipro, traz uma nova edição de um dos primeiros manifestos feministas.

Incentivada pela proposta, a Edipro apostou em uma equipe inteiramente feminina para a pro­dução desta obra. Desde a edição do texto, passando pela produção, revisão, diagramação, capa e di­vulgação, apenas mulheres foram envolvidas no projeto. O prefácio é de Juliana Gomes, coordenado­ra do Leia Mulheres (projeto de promoção da literatura feita por mulheres, inspirado pela escri­tora inglesa Joanna Walsh). Com isso, a Edipro busca emular a ins­piração inicial da autora Charlot­te Perkins Gilman.

Publicada pela primeira vez em 1915, Herland descreve uma so­ciedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de con­flitos e de dominação.

A história é narrada por um es­tudante de Sociologia que, com o auxílio de dois companheiros, che­ga ao lendário país dominado por mulheres. As diferentes visões dos três exploradores logo entrarão em conflito com a organização social utópica que terão de confrontar.

Herland subverte questões como a definição de gênero, a ma­ternidade e o senso de individua­lidade. Gilman, nesta obra, cria uma narrativa revolucionária e dá uma importante contribuição às discussões so­ciológicas so­bre os papéis masculino e feminino em sociedades de qualquer época.

SOBRE A AUTORA

Charlotte Perkins Gilman (1860-1935) foi escritora, poetisa e uma ati­vista do feminismo nos Estados Unidos. Abandonada pelo pai du­rante a infância e sem que sua mãe tivesse condições de criá-la sozi­nha, ficou sob a proteção de suas tias paternas, Catharine, Harriet (escritora e au­tora do clássi­co A cabana do Pai Tomás) e Isabella (su­fragista, defen­sora do voto fe­minino). Essa influência aca­bou sendo deter­minante para o fu­turo sucesso literário de Charlotte e seu papel fundamental na história dos direitos sociais das mulheres. Seu estilo e vida pouco usual para a época (divorciada e financeira­mente independente) a tornaram um modelo para todas as gerações posteriores de feministas.

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