Entretenimento

Guilherme Fiuza lança ensaio sobre a derrocada do PT

Redação

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 23:46 | Atualizado há 6 anos

Em seu novo livro, o jor­nalista Guilherme Fiuza mais uma vez aponta sua crítica para a corrupção ca­pitaneada pelo PT durante seu período na presidência da República. Relato inédito, documentado e bem-humo­rado, “Manual do covarde” cobre o período que come­ça com impeachment de Dilma, passa pela operação Lava Jato e chega até a pri­são de Lula, em abril de 2018.

No texto, Fiuza ensina o modus operandi daqueles que considera os covardes: personagens que simulam altruísmo para obtenção de ganhos pessoais, e que estão em todas as esferas da socie­dade, não somente na polí­tica. “Dedico especial aten­ção aos do STF, do Ministério Público, das artes (sic), dos partidos que se dizem de esquerda, enfim, pra onde você olhar você vai encon­trar um cafetão da bondade patrulhando o inimigo ima­ginário e se dando bem com isso”, explica o autor em en­trevista ao Blog da Record.

Fiuza pode ser consi­derado um antipetista de primeira hora: sua obra é um registro de quem na­dou contra a maré do parti­do desde o primeiro gover­no Lula até o impeachment de Dilma. Entre os textos assinados por ele duran­te este tempo estão por exemplo os livros “Não é a mamãe–Para entender a era Dilma” (2014) e “Que horas ela vai? O diário da agonia de Dil­ma” (2016), que reúnem deze­nas de artigos publicados sema­nalmente na imprensa brasileira.

ORELHA

Conheci o Guilherme Fiuza quando ele se chamava Salomão Antunes. Foi lá atrás, na virada do século, no lendário site NoMínimo – um dos primeiros jornalísticos da internet, do qual eu era colunista.

Na verdade, tratava-se de um personagem criado pelos grandes Marcos Sá Corrêa e Tutty Vasques para Fiuza, então um jovem editor vindo de O Globo – que passou as­sim a encarnar um velho homem de imprensa encostado na seção de cartas. “Salomão” respondia aos lei­tores sempre de forma categórica e contraditória, e as patrulhas nunca sabiam de que lado ele estava. Foi divertida aquela pré-história da in­teratividade.

De lá para cá, Fiuza se tornou um best-seller, com sucessos como Meu nome não é Johnny (na lite­ratura e no cinema), Bussunda, O Império do Oprimido e outros. E também um dos jornalistas mais influentes do país, decisivo no des­mascaramento dos governos petis­tas – cuja delinquência ele expôs durante uma década nas suas co­lunas no Globo e na Época.

Aliás, nosso primeiro reen­contro foi na famigerada lista ne­gra do PT, onde estávamos bem acompanhados por outros sete nomes da imprensa e das artes que o partido convidava sua mili­tância a perseguir. Isso foi quando eles ainda achavam que ficariam no poder para sempre.

O leitor pode estar perguntando, então, se este Manual do covarde é um livro do jornalista ou do escritor. Respondo: dos dois.

Esta é a crônica política do esfa­celamento de Lula, o mito – passo a passo, com toda a teia da covar­dia politicamente correta que vive pendurada nele. Como se extrai literatura disso? Bem, aí só entran­do pra ver.

Quanto maior a zom­baria dos impostores, maior o sarcasmo do au­tor ao arrancar seus dis­farces solenes. Destaque para o thriller da conspi­ração entre um procura­dor-geral e um caubói, com a bênção da cor­te suprema e de parte da imprensa, que Fiuza apontou sabendo o pre­ço a pagar.

Nosso novo reencon­tro, aliás, foi nesse front. São as oportunidades que a covardia nacional nos dá. Entre e venha co­nhecê-la de perto. (Au­gusto Nunes)

NOTA DO AUTOR

“Meio século após a explosão da contracul­tura — os loucos anos 60 —, o mundo vive um novo despertar político.

Ele é especialmente forte no Brasil — e con­tém um elemento sem precedentes: sua força está na sua falsidade.

É a primeira revolu­ção fake da história.

Em 1968, escolher um lado do Muro de Berlim podia custar a vida. Passa­dos 50 anos, seus proble­mas acabaram: você pode ser um herói de esquerda sem sair do Facebook.

O Manual do covarde é uma crô­nica desse falso despertar — espécie de feira politicamente correta — e sua escalada febril do impeachment de Dilma à prisão de Lula.

Se cada vez mais gente finge ter uma causa (a chamada minoria esmagadora), este livro também finge ser um manual — que vai te ensinar a ciência deles: como fi­car sempre bem na foto sem pre­cisar tirar a máscara.

De Lula a Bono Vox, de Madu­ro ao papa, do STF à MPB, do PT a Hollywood, biografamos para você as melhores farsas do século 21.

Aprenda com quem faz.”

 

]]>


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias