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Mustache & Os Apaches lança novo disco

Diário da Manhã

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 22:33 | Atualizado há 1 semana

Uma coisa puxa a outra e as­sim nasce o novo. Um ciclo eter­no quase possível de se ver quan­do se está atento. Um show para cerca de 15 mil pessoas e uma tur­nê por Lisboa e Porto, em 2017, foi o que “puxou” a banda Mus­tache & Os Apaches para o estú­dio. O novo álbum, intitulado Três surgiu a partir desse contato com o público, uma espécie de provo­cação silenciosa de quem escuta e gosta. Gravado ao vivo, em um estúdio, o novo disco é uma ver­são “desplugada”, no melhor es­tilo jugbands (bandas acústicas que por essência tocavam blues, jazz, country e folk).

A banda Mustache & Os Apa­ches começou sua trajetória com shows pelas ruas do país no ano de 2010. Rapidamente conquis­tou um número expressivo de fãs e crítica positivas em todo o País. A Mustache & Os Apaches é for­mada pelos gaúchos Pedro Pas­toriz (voz, violão e banjo), To­más Oliveira (voz e baixo), Axel Flag (voz e percussão), Jack Ru­bens (bandolim) e pelo mineiro Lumineiro (washboard). Os inte­grantes se conheceram em Por­to Alegre, tendo em comum ex­periências circenses.

Entretanto, a banda se formou musicalmente no bairro dos Per­dizes de São Paulo, em um casa apelidada de Brick House. Dos cinco integrantes, quatro mora­vam no local, além de utilizar o espaço para compor suas músi­cas. A banda já lançou dois ál­buns e este é o primeiro trabalho do grupo que sai pela Monstro Discos. O disco já pode aprecia­do nas principais plataformas de streaming e em breve ganha­rá uma versão em CD.

O disco chega ao ouvidos do público todo carregado de in­fluências latino-americanos, com muito romantismo e sarcasmo, que é uma das principais carac­terísticas das canções do grupo. O novo trabalho também conta com a participação especial do cantor e compositor Renato Texeira. O mú­sico participa da canção rancheira O Sol, que traz o espírito da música caipira brasileira, através dos sota­ques, melodias e ritmos. De acor­do com a banda, a união com o músico paulista surgiu da identi­ficação de temas, timbres e arran­jos presentes no disco Três.

MÚSICA CAIPIRA

Essa ligação entre os músicos também está representada na canção Filosofia, que apresenta um jogo de perguntas no cenário do sertão. O disco também conta com a balada Amém, que revela os anseios de um cidadão comum diante das injustiças do mundo. Com uma levada hipnótica, a can­ção Instintos segue a mesma linha que as duas composições acima, apontado o olhar para o indivíduo em busca de autoconhecimen­to e em conexão com a natureza.

Contagiado narra os sonhos de um cidadão corrompido e vencido pelo cansaço, enquanto a faixa Ca­nalhas, que já ganhou clipe, é um re­sumo chargista do caderno político, com seus numerosos escândalos, da qual a personagem de Megaloma­nia seria facilmente a protagonista.

Gôndola sugere um escapismo, uma fuga romântica e é seguida pela onírica Mulher Gigante, que deita em cama harmônica de vocais ins­pirados na música gospel.

Em suas performances, que tra­zem o espírito das ruas aos palcos, o grupo anexa instrumentos tradi­cionais de diferentes regiões como o bombo leguero, o derbake e a cuí­ca, além de equipamentos nada convencionais, como o serrote, o kazoo e o contrabanjo construí­do pelo baixista da banda, Tomás Oliveira

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