Entretenimento

NO OLHO DO FURACÃO

Diário da Manhã

Publicado em 9 de junho de 2018 às 01:26 | Atualizado há 2 semanas

E xistem algumas babo­seiras que são divertidas. Particularmente, me di­virto com filmes de tempestades e sobrevivência. É uma desculpa para exibir efeitos digitais? Sem dúvida, mas geralmente costu­mam proporcionar duas horas de entretenimento descompro­missado e envolvente. “No Olho do Furacão” promete ser além de um filme catástrofe, um filme de roubo com um grupo de ban­didos que planejam roubar US$ 600 milhões do tesouro norte-a­mericano durante a passagem de um furacão. Porém, o fenô­meno aumenta de intensidade e chega ao nível 5–o mais perigoso de todos -, o que complica ainda mais a execução do assalto.

Dirigido por Rob Cohen, que foi responsável pelo primeiro “Velozes e Furiosos” e outros filmes sem muita personalida­de como “A Múmia 3: A Tumba do Imperador Dragão” ou “Tri­plo X”, por exemplo, ele conduz “No Olho do Furacão” com rit­mo acelerado e sustenta-se nes­ta característica para evitar ao máximo um filme centrado em dramas paralelos que poderia facilmente cair no marasmo. No entanto, se a obra se preocupa em criar uma trama que foge do cansativo, por outro lado, é um tanto quanto decepcionan­te que o filme seja pouco criati­vo nas cenas com furacão e nas sequências de assalto.

Sem uma montagem intri­gante e um plano de roubo pou­co envolvente–se estivéssemos em um filme de Steven Soder­bergh isto seria outra história -, o filme parece ter receio de as­sumir a implausibilidade de sua história e em assumir o exagero de uma vez por todas. Cohen de­senvolve o longa com ritmo, mas sem diversão. O resultado é uma obra completamente sem gra­ça que nem durante suas quase duas horas de duração consegue ser eficiente. Infelizmente. Nem como “baboseira descompro­missada” é bom.

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