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O “novo ouro” que pode salvar a Terra

Diário da Manhã

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 00:25 | Atualizado há 7 anos

A maioria dos climato­logistas admite que atualmente a tempe­ratura média global está 1°C acima do que estava no iní­cio da era industrial e alerta que se todos os países com­prometidos com as metas es­tabelecidas no acordo de Pa­ris cumprirem rigorosamente o que se comprometeram a fazer até 2030, ainda assim, a previsão de aumento da tem­peratura média global para a Terra é de algo em torno de 3°C até o final do século. Se o aumento admitido de 1°C até o momento – dizem os cien­tistas – já é responsável direta ou indiretamente por maiores incidências de furacões, en­chentes, aumento do nível dos oceanos, incêndios florestais de grande escala, acidificação da água dos oceanos e prejuí­zos na produção de alimento, o que pensar do cenário pla­netário com aumento de 3°C previsto para o final do séc. XXI? Os cientistas especiali­zados em estudos climatoló­gicos, quase que com unani­midade, afirmam que para que o cenário não seja catas­trófico o limite máximo do aumento da temperatura não pode superar 2° C, mas, para que ainda haja uma margem de segurança, a temperatura deve ser reduzida para 1,5°C.

Como conseguir essa di­fícil meta de impedir que a temperatura média global seja inferior a 2°C? Evidente­mente, será necessário mui­to dinheiro investido em no­vas tecnologias que possam efetivar a implantação de uma economia de baixo car­bono até 2050 e na segunda metade do século equilibrar a quantidade de carbono emitida em relação à absor­vida na fotossíntese natural e induzida. Estima-se que o dinheiro necessário para tal façanha é da ordem de 3 tri­lhões de dólares por ano.

Como criar esse fundo? É uma questão complexa, pois nas COP é necessário que haja total unanimida­de dos países signatários no que diz respeito à aceita­ção de quem e quanto cada país deve pagar. O Brasil, no parágrafo 108 do acordo de Paris, propôs que a dimi­nuição de emissão deve ter valor econômico, deve ser uma espécie de “novo ouro” na economia mundial.

 

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