“O sequestro do Voo 375”: o filme que conta a história do “11 de setembro brasileiro”
Dirigido por Marcus Baldini, O Sequestro do Voo 375″ conta a história real de um homem que tentou realizar um atentado ao Palácio do Planalto em 1988, mas foi impedido pelo piloto Fernando Murilo. Elenco de peso para este thriller de ação e drama humano. Trailer disponível.
Ismael Guedes
Publicado em 10 de dezembro de 2023 às 14:33 | Atualizado há 1 anoUm dos casos mais marcantes da aviação brasileira chegou às telas do cinema nesta quinta-feira (7). O filme “O Sequestro do Voo 375” narra a história real de um homem que tentou realizar um atentado ao Palácio do Planalto em 1988, mas foi impedido pelo piloto Fernando Murilo.
O longa é dirigido por Marcus Baldini, que já assinou sucessos como “Bruna Surfistinha”, “Os Homens São de Marte… e É Pra Lá que Eu Vou” e “O Homem Perfeito”. O elenco conta com Danilo Grangheia, César Mello, Jorge Paz, entre outros.
Confira o trailer:
A trama se baseia nos fatos que ocorreram no dia 29 de setembro de 1988, quando o voo 375 da extinta VASP fazia sua última escala em Belo Horizonte, antes de seguir para o Rio de Janeiro. A bordo, havia 98 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
Um deles era Raimundo Nonato Alves da Conceição, um maranhense de 28 anos, que estava revoltado com a situação econômica e política do país. Armado com um revólver calibre 32, ele anunciou o sequestro da aeronave e exigiu que os pilotos mudassem a rota para Brasília, com o intuito de jogar o avião contra o Palácio do Planalto, onde ficava o presidente José Sarney.
O sequestrador invadiu o cockpit e matou o copiloto Salvador Evangelista, que tentou comunicar o ocorrido ao controle de tráfego aéreo. O piloto Fernando Murilo, então, teve que lidar com a situação sozinho, tentando acalmar o sequestrador e buscar uma forma de salvar a vida de todos.
Para isso, ele realizou manobras arriscadas, como um giro de 360 graus e uma queda em espiral, na esperança de desestabilizar o sequestrador. Ele também acionou um código de emergência que alertou as autoridades sobre o sequestro.
O avião foi perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira, que tinha ordens de abater a aeronave caso ela se aproximasse de Brasília. Porém, o piloto conseguiu convencer o sequestrador a pousar no aeroporto de Goiânia, alegando falta de combustível.
Ao desembarcar, Raimundo usou o piloto como escudo humano, mas foi atingido por um tiro da Polícia Federal. Ele morreu no hospital, enquanto o piloto sobreviveu com ferimentos leves. Nenhum outro passageiro ou tripulante ficou ferido.
O filme é uma homenagem ao piloto Fernando Murilo, que foi considerado um herói nacional e recebeu diversas condecorações por sua bravura. Ele faleceu em 2011, aos 63 anos, vítima de um câncer.
O diretor Marcus Baldini disse que o filme é o “11 de setembro brasileiro”, em referência ao ataque terrorista que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York, em 2001. Ele afirmou que o filme é um thriller de ação, mas também um drama humano, que mostra as motivações e os sentimentos dos personagens envolvidos.
O filme contou com a consultoria de especialistas e testemunhas do sequestro, além de um vasto material de pesquisa, como entrevistas, depoimentos, fotos e vídeos. O filme também recriou com fidelidade a aeronave, o cockpit, os uniformes e os cenários da época.
O filme já está em cartaz nos cinemas de todo o país.
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