Paralisação na UFMT em Barra do Garças
Diário da Manhã
Publicado em 1 de maio de 2018 às 00:28 | Atualizado há 1 semanaDesde o último dia 20, alunos da Universidade Federal de Mato Grosso, Campus Universitário do Araguaia em Barra do Garças- MT ocupam a reitoria da universidade em manifesto a nova política de alimentação do restaurante universitário (R.U.). De acordo com eles, o aumento acarretará evasão e elitização do ensino superior público.
A negociação acerca da alteração da política de assistência estudantil teve início em fevereiro deste ano, quando a administração da UFMT entendeu que arca com altos custos com a alimentação estudantil em nota oficial publicada. Primeiramente entendeu que deveria haver uma divisão por renda em grupos. O Grupo A, formado por estudantes com renda familiar mensal per capita de até 1,5 salário mínimo, teria isenção total, o Grupo B obteria 50% de isenção e o Grupo C ficaria sem isenção, pagando o valor estabelecido pela refeição que é de R$ 10, o mesmo valor será cobrado para aqueles que não são estudantes matriculados.
No dia 29 de março foi realizada uma reunião no Campus de Cuiabá – MT, verificando-se que por questões orçamentárias o valor do restaurante universitário passaria do valor universal de R$ 1,00 para R$ 5,00 no Campus Araguaia o que gerou insatisfação dos discentes por acreditarem que a alimentação é um importante fator de permanência do acadêmico na universidade.
Diante da proposta o Diretório Central dos Estudantes do Campus de Barra do Garças encaminhou contraproposta com valores de R$ 0,50 para o café da manhã e R$ 1,50 para o almoço e o jantar a qual será analisada por uma comissão formada por representantes dos alunos e da universidade conforme decidido em audiência pública realizada no dia 24 deste mês no campus.
Em audiência estiveram presentes aproximadamente 300 estudantes do campus, além da diretora do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) Lennie Bertoque, o pró-reitor Paulo Jorge da Silva, Loyse Tussolini, diretora do Instituto de Ciências Exatas e da Terra (ICET), a pró-Reitora de Assistência Estudantil, professora Erivã Garcia Velasco, a professora Tereza Cristina Cardoso de Souza Higa, pró-reitora de Planejamento, ambas representantes da reitora, e Luiz Guilherme Carvalho, coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
O pró-reitor do Campus Araguaia, Paulo Jorge da Silva esteve presente na audiência e ressaltou que para ele “alimentação escolar não deveria ser cobrada, pois a universidade é pública e gratuita, os restaurantes universitários cobram uma taxa, mas na minha opinião não deveria se cobrar nada”, disse apoiando a luta estudantil.
Enquanto a decisão final não é tomada, estudantes da UFMT Araguaia ocupam o campus em forma de protesto. Está autorizada a entrada de funcionários terceirizados, acadêmicos do campus e professores com projetos que demandem urgência, mediante ofício. Dos cinco campi da UFMT apenas o Araguaia e Sinop seguem ocupados.
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