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Paz & Terra lança nova edição de A experiência do cinema, antologia clássica

Redação

Publicado em 11 de abril de 2018 às 00:12 | Atualizado há 7 anos

Na antologia A experiência do ci­nema, Ismail Xavier reúne textos de teóricos, críticos, filósofos e cineas­tas das tradições francesa, anglófo­na, russa e alemã, produzidos en­tre 1916 e 1980. Assim, apresenta as principais teorias e uma abran­gente reflexão sobre o cinema, re­velando a diversidade de análises que têm marcado o pensamento so­bre a experiência cinematográfica – desde as explicações básicas dos ci­neastas do princípio do século até as sínteses e novas propostas estéticas do pensamento contemporâneo.

Com textos de André Bazin, BélaBalázs, DzigaVertov, Edgar Morin, Hugo Mauerhofer, Hugo Munsterberg, Jean Epstein, Jean­-Louis Baudry, Laura Mulvey, Luis Buñuel, Mary Ann Doane, Mau­rice Merleau-Ponty, Robert Des­nos, Serguei M. Eisenstein, Stan Brakhage e VsevolodPudovkin, a obra retornar às livrarias em abril, pela editora Paz & Terra.

ORELHA

Publicado originalmente em 1983, A experiência do cinema pro­longava a durável contribuição teó­rica de Ismail Xavier aos estudos de cinema no Brasil, inaugurada nos seus livros O discurso cinematográ­fico: a opacidade e a transparência (1977) e Sétima arte: um culto mo­derno (1978). Se não foi a primeira e nem seria a última antologia brasi­leira de teoria do cinema (J. L. Gru­newald organizara, em 1969, A ideia do cinema, e Fernão Ramos viria a organizar, em 2005, Teoria contem­porânea do cinema), esta tem sido, porém, a mais presente e longeva em nosso debate, como atesta a fre­quência invariável com que apare­ce na bibliografia dos livros da área.

Confirmada pelo tempo, a posi­ção de destaque desta obra não se deve apenas ao prestígio do organi­zador, nosso principal teórico do ci­nema. Deve-se também a uma rara conjugação de qualidades: 1) a am­plitude do universo teórico cober­to pelo sumário, que inclui textos de 1916 a 1980, de teóricos, críticos, filósofos e cineastas das tradições francesa, anglófona, russa e alemã; 2) a clareza da divisão desse elenco variado em três blocos muito bem concebidos e apresentados pelo organizador; 3) a originalidade de suas escolhas, que lhe permitiram trazer ao Brasil vários autores ain­da inéditos entre nós (Munstenberg, Balázs, Bazin, Vertov, Epstein, Des­nos, Brakhage, Mauerhofer, Baudry, Mulvey e Doane) e associá-los com uma desenvoltura digna das me­lhores antologias estrangeiras en­tão disponíveis.

Companheiro incontornável de professores, alunos e interessados quando a teoria do cinema parecia incipiente entre nós, A experiência do cinema foi editado pela primeira vez em 1983 num ambiente teórico que se fortaleceu – graças também ao trabalho de Ismail. E se mos­tra precursor em várias discussões que prosperaram por aqui, em sua atenção aos debates feministas, às poéticas de cineastas experimen­tais, aos aportes da psicanálise e às formulações cinematográficas de inspiração filosófica.

– por Mateus Araújo, professor na Escola de Comunicações e Ar­tes da Universidade de São Paulo

SOBRE O AUTOR

ISMAIL XAVIER (Curitiba, 1947) é professor emérito na Uni­versidade de São Paulo (USP). É autor e organizador de importan­tes livros sobre o cinema, como O discurso cinematográfico, publica­do pela Paz e Terra.

 

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