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Posição ao dormir e obesidade são causas associadas ao ruído durante o sono

Redação

Publicado em 16 de agosto de 2018 às 20:34 | Atualizado há 6 anos

Encarado por muitos como algo sem importância, na verdade, o ron­co é um alerta do organismo de que algo não está bem. Considerado um distúrbio respiratório, atinge entre 30% e 40% dos adultos, sendo mais frequente nos homens por conta de algumas diferenças fisiológicas e biológicas entre o corpo femini­no e masculino. Segundo a Asso­ciação Brasileira do Sono, o ronco afeta aproximadamente 24% dos homens e 18% das mulheres.

O ronco não afeta apenas a pró­pria pessoa, mas também quem está ao lado e não consegue dor­mir por conta do ruído. De acordo com a Consultora do Sono Rena­ta Federighi, existem dois tipos de ronco: o posicional e o rítmico. “O primeiro produz o mesmo som ao longo da noite e costuma ser benig­no. Já no rítmico, o barulho é cres­cente e decrescente com intervalos de silêncio. Esse caso merece aten­ção médica, pois pode ser sinal de alerta para a síndrome da apneia do sono, patologia caracterizada pela parada respiratória com duração de pelo menos dez segundos”, explica.

Ainda de acordo com a especia­lista, umas das principais causas de incidência do ronco é a posição de dormir. “Deitar de barriga para cima não é recomendável, portan­to é importante criar o hábito de utilizar outras posições. A melhor postura para dormir é lateral, man­tendo o pescoço ereto e a coluna cervical alinhada, de forma que o fluxo de ar não seja interrompido durante o sono”, esclarece.

Outra causa comum é a obesi­dade. No caso dos homens, a ten­dência é engordar em torno do pes­coço e da barriga, o que contribui de forma significativa para que o ronco seja frequente e até adqui­ra um ruído mais alto. “Quando se está dormindo, os músculos em torno da traqueia não suportam a gordura ao redor do pescoço. Ao deitar de costas, o tecido adiposo aumenta a pressão sobre as vias aé­reas, bloqueando-as e provocando o ronco”, comenta Renata. O con­sumo de álcool e o uso de calman­tes também podem ter influência, pois relaxam o músculo da faringe.

O tratamento do ronco pode ser feito de duas formas. Nos ca­sos mais avançados, recomen­da-se procurar orientação com profissionais para um diagnósti­co mais preciso. Para os casos ini­ciais, a mudança de posição pode ser suficiente. “A reeducação pos­tural do sono é importante, pois o indivíduo aprende a dormir cor­retamente. Na posição lateral, a mais recomendada, é aconselhá­vel sempre se dormir com dois tra­vesseiros, sendo um para apoio da cabeça, em uma altura que se en­caixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando um ângulo de 90 graus no pescoço. E outro entre os joelhos, que deverão estar pre­ferencialmente semiflexionados”, orienta a consultora.

 

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