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Projeto “Performar Arquivos – edição Goiânia” divulga resultados da pesquisa em eventos com palestras, filme, vídeo e performances

Redação

Publicado em 13 de junho de 2018 às 23:45 | Atualizado há 7 anos

O projeto, contemplado pelo Fundo de Arte e Cultura de Goiás, é uma propo­sição do grupo Ação Vizinhas, reunindo estudiosos, professores e grupos de pes­quisa de Goiânia, Acre, Rio de Janeiro e São Paulo. Iniciado em Janeiro de 2018 com uma convocatória para contratação de 5 pesquisadores, o projeto prosseguiu com diversos encontros e uma residência imersiva em Pirenópolis. Agora, o Projeto “Performar Arquivos – edição Goiânia” segue para sua etapa final com o com­partilhamento dos materiais produzidos.

Os encontros acontecerão nos dias 15 e 16 de junho. No dia 15, serão dois eventos. O primeiro inicia às 8h, no Au­ditório da Faculdade de Educação Fí­sica e Dança–FEFD/UFG, com deba­tes, apresentação do site e dinâmicas pedagógicas com os alunos. O segun­do encontro será às 17h no Teatro do Centro Cultural da UFG dentro da Pro­gramação do Festival Manga de Vento. Às 20h, no Cine Cultura haverá a exi­bição do filme Pendular, dirigido por Julia Murat com coreografia de Fla­via Meireles, coordenadora do proje­to Performar Arquivos.

No dia 16, o encontro será às 9h no IFG Campus Aparecida de Goiânia, com de­bates e exibição do video-dança dirigido porWaleskaAlvim. Emcadaencontroum arquivo será performado por meio de jo­gos propostos pelos palestrantes.

O projeto reuniu os grupos de pes­quisa Olhares pra Dança (GO), com as pesquisadoras Luciana Ribeiro e Valéria Figueiredo; Temas de Dança (RJ), com Flavia Meireles, que também é coorde­nadora do Projeto Performar Arquivos junto com Nirvana Marinho, criadora dos grupos Cartografia de Ficções (SP) e Acervo Mariposa (SP), além dos pesqui­sadores e artistas goianenses Kleber Da­maso, Rousejanny Ferreira, Rafael Gua­rato, Ana Carolina, Marlini Dorneles de Lima e a acreana Valeska Alvim.

AS PESQUISAS

O projeto surgiu a partir da percep­ção de que existe uma lacuna de po­líticas públicas direcionadas para a história da dança no Brasil. O Projeto “Performar Arquivos – edição Goiâ­nia” consiste na pesquisa de arquivos de dança coletados em Goiânia desde os anos 1970 com o objetivo de cons­truir, de forma coletiva, discursos so­bre os arquivos de dança goianiense e difundi-los ao público.

Luciana Ribeiro e Valéria Figueiredo (OPD-GO) trouxeram como pesquisa para o projeto o tema do masculino na dança com base na análise de imagens e narrativa ficcional a partir delas. Vinda da parceria com o IFG, a professora Rouse­jannyFerreiraabordouasituaçãodobalé em Goiás e o modo de historiografar três bailarinas de importância histórica para Goiás, a partir de como cada uma delas entregou seu material de registro.

Marlini Dorneles (Dançando com a Diferença – GO) trouxe um arcabouço teórico-prático sobre a pessoa com de­ficiência na dança, questionando a for­ma corpo humano na dança e trazendo exemplos de companhias de dança que desenvolvem pesquisa com corpos com deficiência para repensarmos acessibili­dade e o próprio mercado da dança. Ana Carolina Wenceslau (GO), por sua vez, trouxe um debate sobre epistemologias africanas e a forma de conceber o conhe­cimento aliado a questões sensoriais do tato, do olfato e do paladar.

Rafael Guarato (GO) apresentou um panorama da história da historiografia tra­çandopontescomocampodadança. Kle­ber Damaso (GO) propôs uma errância entre as pesquisas, conectando conceitos econvidando-nosaumaderivaentreeles.

A pesquisadora Nirvana Marinho (Cartografias de ficções e Acervo Mari­posa – SP) desenvolveu, a partir do mé­todo cartográfico, uma articulação en­tre imagens de levantes e a dança, com base na exposição de Didi-Hubermann “Levantes” e no trabalho de história da arte por imagens de Aby Warburg. Fla­via Meireles (Temas de Dança – RJ) refle­te sobre a imagem fotográfica como par­te da história e como o contexto e modo de aproximação das imagens também contam a história. Valeska Alvim (Car­tografia da dança no acre – AC) elabo­rou um vídeo-dança acerca da influên­cia dos rios no imaginário e na forma de acessar histórias no Acre.

O QUE SERIA A AÇÃO DE PERFORMAR UM ARQUIVO?

O conceito que norteia todo o projeto entendequelidar/produzirarquivossem­pre se refere a uma ação de interferência nesse mesmo arquivo–em que a preten­saneutralidadedopesquisadordálugara uma visibilidade da ação de manusear o arquivo. “Performar arquivos, então, refe­re-se não só ao conteúdo coletado mas às formas, aos métodos e táticas de que lan­çamosmãoparanosaproximardosarqui­voseparadisponibilizá-losaterceiros”, ex­plica Flavia Meireles, coordenadora geral do projeto e integrante do grupo de pes­quisa Temas de Dança (RJ).

FASES DO PROJETO DE PESQUISA

O projeto iniciou em Janeiro de 2018 com o lançamento da convocatória para contratação de mais 5 pesquisadores e pesquisadoras residentes em Goiânia, e se desdobrou em três etapas com o objetivo de pesquisar sobre o que vem sendo produzido em dança no estado de Goiás, incluindo análise de arqui­vos, residência de imersão e produção de material audiovisual.

Nessafasefinal, chamadade“Conver­sando com a vizinhança da cidade”, o ob­jetivo é dar uma devolutiva para a cidade compartilhando as experiências e enca­minhamentos desta edição do projeto.

Nesse momento, haverá ainda o lan­çamento da plataforma eletrônica do projeto, comtextos, fotografiasequestões abordadas ao longo do trabalho. A plata­forma online terá conteúdos para down­load nos sites e redes sociais do Projeto e dos grupos Acervo Mariposa, Temas de Dança, Cartografia de Ficções. Durante a fase de residência, os viodemakers Nico Gualtieri e Matheus Feitosa produziram e editaram material em vídeos, captados na cidade de Pirenópolis onde todos os pesquisadores trabalharam juntos, em caráter imersivo, trocando metodolo­gias e sugerindo procedimentos artísti­cos-pedagógicos que estarão reunidos no site específico do projeto.

 

SERVIÇO

Data: 15 de junho (sexta-feira)

Horário: 8h às 10h | conversas, apresentação do site e dinâmicas pedagógicas com os alunos

Local: Auditório da Faculdade de Educação Física e Dança da UFG

Horário: 17h conversas e apresentação das pesquisas

Local: Teatro do Centro Cultural UFG–CCUFG

Horário: 20h–exibição do filme Pendular, com coreografia de Flávia Meireles, dentro da programação do Festival Manga de Vento

Local: Cine Cultura

Data: 16 de junho (sábado)

Horário: 9h conversas e exibição de vídeo-dança dirigido por Waleska Alvim, pesquisadora participante do projeto

Local: IFG Campus Aparecida de Goiânia

Todos os eventos são gratuitos

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