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Saulo Duarte apresenta “Avante Delírio”

Redação

Publicado em 14 de setembro de 2018 às 21:56 | Atualizado há 6 anos

O quarto disco de Saulo Duarte está lançado em todas as platafor­mas digitais. Álbum este que tem gosto de estreia, com o frescor de um primeiro disco. É o quarto, por­que o cantor e compositor já lançou três junto com a banda A Unidade. Mas é o seu primeiro disco 100% solo. É o álbum que desnuda Sau­lo Duarte como cantor, composi­tor e também produtor. E é sob o tí­tulo Avante Delírio que ele deságua em 11 canções suas ideias mais ínti­mas, que não cabiam nos repertó­rios anteriores.

Mas é claro que Saulo Duarte não está sozinho! E nunca estará, já que ele é um guitarrista onipresen­te na música popular brasileira. (Ele toca nas bandas de Céu, Russo Pas­sapusso, Curumin, Anelis Assump­ção e por aí vai…)

Durante a produção de Avante Delírio, ele se muniu muito bem: Marcelo Jeneci, Negro Leo, Curu­min, Zé Nigro são alguns nomes envolvidos no disco. Os dois últi­mos assinam parte da produção junto com Saulo.

Avante Delírio (que sai pela gra­vadora independente YB Music) é uma referência a esse coletivo de músicos ultra talentosos. É uma convocação para seguir avante com o delírio de fazer música indepen­dente no Brasil. Num país que é a cara de Saulo Duarte. Um jovem que nasceu em Belém (PA), cres­ceu em Fortaleza (CE) e há 10 anos vive em São Paulo (SP).

O primeiro single lançado em ju­lho, Flor do Sonho veio com influên­cia das músicas paraense e baiana. A faixa contém um ar de mistério e possui poucos agudos por conta da característica amadeirada do violão de nylon. A batida dançante se com­pleta com os sintetizadores.

É música brasileira com in­fluência de música brasileira: um aceno para a sonoridade do pri­meiro disco de Jards Macalé, “Só Morto” (1970) e ao “Tábua de Es­meralda” (1974), com Jorge Ben.

“As levadas rítmicas mudam constantemente: o samba rock tor­to que vira um baião no meio de Ela Foi Ver a Lua, o jazz livre do início de Tapume logo bate continência a uma marchinha pós-apocalíptica, a levada suave de Praça de Guerra que se desdobra em uma bad trip de discos tocados de trás pra frente, o refrão delicado de Estrela D’Água é recriado como um arrastão lek lóki puxado por Negro Leo.

Primeiro disco solo de Saulo Duarte, “Avante Delírio” é um de­leite musical – por vezes bucólico, por outras festeiro – que visa dissi­par o clima pesado que paira sobre o Brasil no ano de seu lançamen­to. É um disco solar, animado, fe­liz, em que Saulo assume o violão como principal parceiro, dispos­to a atravessar as piores intempé­ries para trazer boas novas em for­ma de canção.

Alexandre Matias, curador mu­sical e jornalista.

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