Ao comando do capitão
Diário da Manhã
Publicado em 17 de outubro de 2018 às 01:28 | Atualizado há 6 anosO zagueiro Wesley Matos é um dos exemplos de liderança dentro do atual elenco do Vila Nova. Aos 32 anos, o defensor está em sua segunda temporada como capitão da equipe colorada. No ano passado viveu a frustração ao bater na trave na luta pelo acesso com o Tigre e agora espera liderar os companheiros para um destino diferente em 2018.
Restam sete jogos para o final da Série B e o Vila está a apenas dois pontos do G-4. O colorado volta a campo no próximo sábado (20), quando recebe o Juventude no Serra Dourada. Antes de mais esse confronto decisivo pelo acesso, o jogador concedeu uma entrevista especial ao Diário da Manhã. O zagueiro falou sobre o momento do time, o trabalho de Hemerson Maria e também sobre o desejo de ver o Vila Nova disputando uma Série A.
ENTREVISTA–WESLEY MATOS
DM: O Vila Nova tem a melhor defesa da Série B com apenas 23 gols sofridos. Se analisarmos as médias de gols sofridos por jogo das duas principais divisões nacionais o Tigre fica em quarto lugar no país, atrás apenas de Grêmio, Palmeiras e Internacional. Qual é o diferencial desse sistema defensivo do Vila que o faz ser tão regular?
WM: Nosso conjunto é muito forte, nossa marcação começa lá do ataque, isso acaba nos ajudando e muito a defender, muita das vezes a bola chega quebrada no nosso setor facilitando nosso trabalho.
DM- Ano passado você fez parte do elenco que bateu na trave no objetivo de conquistar o acesso à Série A. O que houve de amadurecimento após aquela frustração e em quais pontos o time de hoje se diferencia da equipe do passado?
WM:- Ano passado pecamos muito nos confrontos contra adversários diretos ao acesso, já este ano nosso desempenho foi muito bom contra equipes que estão disputando a parte de cima da tabela, sem contar que temos um grupo bastante experiente este ano. Isso conta muito nessa reta final.
DM: Durante a sua carreira você vem se destacando por ser um zagueiro artilheiro. Esse ano o primeiro gol demorou a sair, mas veio em uma hora importante, no último sábado contra o Boa. Existia uma cobrança pessoal por esse gol?
WM: Claro que sim, tinha certeza que os gols sairiam no momento certo, vivemos um momento de muita cobrança em cima dos atacantes e chegou o momento de nós lá de trás também ajudar com gols. Graças a Deus tive a felicidade de ajudar com um gol no último jogo e espero poder contribuir com mais até o fim da competição.
DM: Se olharmos algumas das equipes que também estão na briga pelo acesso (entre elas Fortaleza, Goiás, Avaí, CSA, Atlético-GO, Coritiba) ,talvez o Vila Nova seja o time com a realidade financeira mais modesta. Você acha que isso de alguma forma influencia em uma reta final, ou pelo contrário pode até servir até como uma motivação extra para querer chegar na frente de adversários com investimento superior.
WM: O Vila Nova pode ser a equipe que tenha menos condições financeiras entre as que estão brigando pelo acesso, mas o espírito que essa camisa e esse clube representam não tem igual, vamos lutar até o fim e se Deus quiser levar o Vila para a Série A no ano que vem.
DM–Qual é a importância do trabalho do Hemerson Maria no Vila Nova? E o que de mais importante você aprendeu esses últimos anos com a forma como ele pensa o futebol?
WM: O Hemerson Maria dispensa comentários, um dos melhores que já trabalhei, o diferencial é o papo reto com os jogadores, trabalha todos os atletas da mesma forma, e ainda dá abertura pra nós jogadores podermos opinar em alguma questão tática ou qualquer coisa do tipo, é um excelente profissional.
Cinco melhores defesas do Brasil–Séries A e B
1º Palmeiras: 29 jogos / 18 gols sofridos / média 0,62
1º Grêmio: 29 jogos / 18 gols sofridos / média 0,62
3º Internacional: 29 jogos / 19 gols sofridos / média 0,69
4º Vila Nova: 31 jogos/ 23 gols sofridos/ média 0,74
5º Flamengo: 29 jogos / 22 gols sofridos / média 0,76
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