Esportes

Dobradinha bronzeada

Redação

Publicado em 13 de agosto de 2016 às 02:29 | Atualizado há 8 anos

Depois de uma medalha de ouro carioca com Rafaela Silva e um bronze gaúcho com Mayra Aguiar, foi a vez do sul-mato-grossense Rafael Silva aumentar a contagem do judô brasileiro no último dia de combates dos Jogos Rio 2016 com mais uma medalha de bronze.

Baby, como é mais conhecido, levou a bandeira nacional ao pódio na categoria +100kg, repetindo o resultado que obteve em Londres 2012. Baby, de 29 anos, conquistou sua segunda medalha Olímpica ao superar o uzbeque Abdullo Tangriev.

O brasileiro dominou a luta e comemorou o resultado com a torcida, que fez contagem regressiva nos segundos finais do combate. “Estou muito feliz. É muito bom ganhar uma medalha em casa. A torcida me apoiou bastante e ouvi tudo que eles gritaram me incentivando. Também preciso agradecer à minha equipe, que acreditou no nosso trabalho”, disse o brasileiro, relembrando as dificuldades enfrentadas no ciclo olímpico.

“Depois de uma lesão grave que tive em 2015 (no tendão do músculo peitoral,  que o tirou dos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015), precisei ter muita fé. Deus me ajudou bastante na recuperação. Essa medalha veio para coroar este trabalho”.

Feliz com o resultado, Baby evitou comparar sua conquista no Rio 2016 com o bronze de Londres 2012. “Lutei contra adversários diferentes, vim de uma recuperação (de contusão), então tem um gostinho a mais, e também por estar em casa, por causa da torcida. Era uma gritaria que me emocionava muito”.

O brasileiro venceu suas duas primeiras lutas, contra o hondurenho Ramon Pileta e o russo Renat Saidov, mas caiu diante do francês Teddy Riner nas quartas. Desde 2010, o francês, maior ídolo do judô na atualidade, não perde um combate.

E o judoca, que em seu país tem grande popularidade por sua simpatia, manteve a regra no Rio 2016 ao conquistar a medalha de ouro. “Era difícil. Fui para tentar jogar (derrubar) ele. Sabia que no shidô ia ser difícil”, explicou. “Mas atrapalhei, dei uma canseira nele. É um privilégio fazer parte da geração desse cara”, elogiou.

Rafael voltou à disputa pela medalha ao passar Roy Meyer, dos Países Baixos, na repescagem. Depois veio o combate contra Tangriev que consolidou a conquista do bronze. “Estou feliz de desenvolver meu judô, de conseguir me colocar no tatame em uma competição importante como essa, de estar trabalhando, evoluindo, feliz de ter lutado bem”.

A medalha de prata foi para o japonês  Hisayoshi Harasawa e o outro bronze da categoria para o israelense Or Sasson. O último dia de competições do judô no Rio 2016 teve as cores azul, branca e vermelha como predominantes. Além da esperada vitória de Riner, o país também comemorou o ouro de Emile Andeol na categoria +78kg feminino.

A judoca conquistou a simpatia da torcida que estava na Arena Carioca 2. Em alguns momentos de seu combate final contra a cubana Idalys Ortiz, chegou a ter um tratamento próximo ao das atletas brasileiras.

 

]]>


Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

últimas
notícias