Ele também quer massacre
Redação
Publicado em 7 de agosto de 2016 às 02:29 | Atualizado há 8 anosO empate na estreia dos Jogos Olímpicos em 0 a 0 com a África do Sul esfriou os ânimos de todos que criaram grande expectativa em relação à seleção brasileira. Em busca da medalha de ouro inédita para o futebol do País, o time verde e amarelo esbarrou em alguns problemas que ficaram evidentes em campo, como a falta de ritmo de jogo de Neymar, recém-chegado de férias, além do desgaste físico dos atletas que atuam no futebol europeu.
Mesmo não conseguindo colocar tudo aquilo que trabalhou em prática, o técnico Rogério Micale assegura que a intenção já para a partida de hoje é massacrar o adversário, rechaçando qualquer tipo de revisão nos planos após o resultado inesperado na última quinta-feira. “A expectativa é de um futebol massacrante, que forneça muitos gols, mas hoje nem sempre isso é possível. O trabalho não muda em função do resultado”.
“Desde o início falei que tentaríamos trabalhar dentro das nossas convicções, das características de jogo do futebol brasileiro. Continuo achando isso, não é por um jogo. Tivemos oscilações, enfrentamos uma equipe muito bem postada, forte fisicamente. O futebol hoje tem muitas escolas boas, todo mundo se prepara, tem acesso à informação, como construir uma equipe. É sempre muito duro”, completou Micale, que enxerga um nivelamento maior entre as equipes atualmente.
O empate com a África do Sul, no entanto, ficou em segundo plano quando Rogério Micale preferiu analisar os indicativos durante o jogo. Segundo ele, a seleção teve um desempenho muito melhor em relação ao adversário, pressionando e criando boas chances de gols. Em meio a algumas críticas e vaias da torcida que compareceu ao Mané Garrincha, o comandante brasileiro aprovou parte do que foi exibido.
“O que podemos fazer é trabalhar em cima do que acreditamos, de conceitos, da qualidade dos nossos jogadores. Penso que não podemos simplesmente olhar o resultado final de um jogo de futebol. Tivemos 17 finalizações, uma bola na trave, o goleiro da equipe adversária foi destaque”, pontuou.
Por fim, a parte psicológica também foi pauta na coletiva desse sábado. Para o treinador do Brasil, é fundamental que os jogadores esqueçam a ansiedade para irem a campo tranquilos contra o Iraque. “Temos que ter tranquilidade para não extrapolar, para a ansiedade não nos prejudicar. É um grupo jovem, mas maduro. Todos já participaram de grandes jogos do futebol brasileiro e mundial. Estamos nos fortalecendo como grupo, um resultado como o que aconteceu, por mais que a gente sinta, temos que olhar o lado positivo. Podemos nos fortalecer mais ainda como grupo e equipe”.
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