Emoção e superação na despedida

No Goiânia Arena, o Brasil venceu os Estados Uni­dos, de virada, por 3 sets a 2, pela terceira rodada da etapa bra­sileira da Liga das Nações de vôlei masculino. Na despedida dos brasi­leiros em terras goianienses, sobrou emoção e faltou fôlego para quem acompanhou o jogo. Vitória verde e amarela com parciais de 21/25, 20/25, 25/19, 25/20 e 20/18.

Com o resultado, o Brasil assu­miu a segunda posição na Liga das Nações. A próxima rodada será em Ufa, na Rússia. Os comandados de Renan Dal Zotto enfrentarão Irã, China e Rússia nesta terceira sema­na, entre os dias 08 e 10 de junho – entre sexta-feira e domingo.

No primeiro set, o bloqueio foi o fundamento que resumiu a partida brasileira. Com dificuldades para de­fender as cortadas, e apenas três blo­queios defensivos, o Brasil tentava diminuir a diferença estaduniden­se ao explorar o bloqueio adversá­rio, principalmente com as cortadas do oposto Wallace. Porém, o poder ofensivo dos Estados Unidos preva­leceu, inclusive com três aces nor­te-americanos, e os brasileiros per­deram a primeira parcial desde que chegaram em Goiânia. Estados Uni­dos venceram por 25 a 21.

Os norte americanos ganharam confiança e partiram para cima des­de o início do segundo set. O Brasil teve novos problemas com a recep­ção e o bloqueio, muito por conta da tarde inspirada do oposto Matthew Anderson. Quando a parte defensi­va começou a funcionar, principal­mente após a entrada de Isac, que conseguiu dois bloqueios na reta fi­nal, já era tarde demais.

No início do set, rapidamente os estadunidenses conseguiram exceder a diferença para mais de cinco pontos e isso fez a diferença no placar final: 25 a 20 para o Es­tados Unidos.

Quando o Brasil precisava ga­nhar o restante dos sets se quises­se vencer o duelo, apareceu a estre­la de Maurício Borges. O ponteiro, que passou a ser o maior pontuador do jogo, apresentou vasto repertó­rio na terceira parcial do jogo: aces, bloqueios e cortadas sem chances de defesa norte-americana. Além disso, o trio com Wallace e Lipe, com William nos levantamentos, deu força ao ataque brasileiro. Vivo no confronto, o Brasil venceu a ter­ceira parcial por 25 a 19.

Diante do bom momento vi­vido pelo time no set anterior, o técnico Renan Dal Zotto repetiu o time na quarta parcial e funcio­nou. Novamente com Maurício Borges e Wallace inspirados nas cortadas, os brasileiros empata­ram com os Estados Unidos e for­çaram o tie break: 25 a 20.

No último e decisivo set, os do­nos da casa começaram com tudo: explorando o bloqueio estaduni­dense. Os norte-americanos equi­libraram o jogo com Anderson e as duas seleções começaram a trocar pontos. Melhor para os espectado­res, que viram incríveis 20 a 18 pelo Brasil, sacramentado por um ace de Isac, jovem do Cruzeiro que cresce a cada dia mais na seleção brasileira.