Esportes

Fase de testes

Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 01:16 | Atualizado há 9 anos

Desde julho de 2015, os cariocas já começaram a conviver com atletas que estarão nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano. Como parte da preparação para os Jogos, o Comitê Organizador do Rio 2016 planejou 44 eventos-teste pela cidade, em parceria com federações e confederações esportivas. A previsão é que esses eventos, apelidados de Aquece Rio, reúnam 7 mil atletas e 12 mil voluntários.

Até agora, já ocorreram 22 eventos. Só em janeiro passado, foram realizados o Torneio Internacional de Basquete, a Copa do Mundo de Halterofilismo Paralímpico e o Torneio Feminino de Luta Olímpica. Entre 19 e 24 de fevereiro ocorre a Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, no Centro Aquático Maria Lenk, no Parque Olímpico da Barra. Este mês, ainda será a vez do Torneio Internacional de Taekwondo, Torneio Internacional de Rugby em Cadeira de Rodas e a Copa Brasil de Marcha Atlética.

Essas competições fazem parte das obrigações do país com o Comitê Olímpico Internacional para a realização dos Jogos no Rio. Rodrigo Garcia, diretor de esportes do Comitê Organizador do Rio 2016, afirma que a proposta dos eventos-teste é identificar os erros e buscar soluções. “Tivemos algum problema em todos os eventos realizados, mas este é o objetivo”. A intenção do comitê é testar as instalações esportivas que serão usadas nos Jogos e as operações da organização, como logística, limpeza, segurança e sistema de resultados.

A primeira bateria de eventos ocorreu no ano passado, com competições ao ar livre. Triatlo, remo, hipismo, vela, canoagem, ciclismo, volêi, tênis, badminton, entre outros, já testaram parte das instalações que serão usadas para os Jogos. Até maio, outros 22 eventos serão realizados, principalmente nas arenas construídas para a Olimpíada. Segundo a organização dos Jogos, a presença de público para os eventos-teste depende de sua organização e instalação onde estão sendo realizados, podendo haver cobrança de ingressos.

 

Água

Um dos principais problemas registrados nos eventos-teste foram nos esportes disputados no mar. Problemas foram encontrados na Baía de Guanabara e na Lagoa Rodrigo de Freitas, onde ocorreram a canoagem, vela e remo.

Durante o Mundial Júnior de Remo, evento-teste ocorrido em agosto de 2015, uma polêmica em torno de atletas que haviam passado mal, supostamente por causa da qualidade da água na Lagoa Rodrigo de Freitas, levantou dúvidas sobre a viabilidade de realização de provas no local. Rodrigo Garcia rechaça a teoria e afirma que o problema com os atletas norte-americanos não foi causado pelas águas, e sim por uma infecção alimentar.

Edson Altino, presidente da Confederação Brasileira de Remo, confirma que a federação internacional atestou que o incidente com os atletas não foi causado pelas condições das águas da lagoa. “Mas um dos problemas detectados foi a necessidade de se garantir uma profundidade adequada para os barcos”, afirma o dirigente, que aponta a necessidade de uma drenagem emergencial da lagoa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Mas o grande desafio será garantir águas limpas na Baía de Guanabara, que recebe parte da rede de esgoto do Rio de Janeiro e foi alvo de críticas de atletas durante a Regata Internacional, ocorrida em agosto de 2015. Para Rodrigo Garcia, a maior preocupação é o lixo flutuante, que atrapalharia a realização das regatas, mas que os esforços da organização, em parceria com os governantes, é “garantir que a área de competição esteja apta para a vela”. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, garantiu que as provas serão realizadas no local e disse acreditar na qualidade das águas em que as competições serão disputadas.

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