Momento de instabilidade

O Atlético vive o seu pior mo­mento no segundo turno da Série B. Sem vencer há quatro partidas, o Dragão tenta que­brar o tabu diante do Sampaio Cor­rêa, amanhã, às 20h30 no Estádio Antônio Accioly, pela 31ª rodada. Por coincidência, o rubro-negro passou, no mesmo período do pri­meiro turno, uma seca de vitórias – na ocasião, foram cinco partidas sem saber o que é vencer.

Porém, após superar as dificul­dades, o Atlético conseguiu a me­lhor parte da campanha no primei­ro turno – quatro vitórias seguidas – e agora tenta repetir essa sequên­cia que deve ser iniciada amanhã.

Na reta final do turno, o Dragão venceu o Sampaio Corrêa, Boa Es­porte, Brasil de Pelotas e Fortaleza em sequência. Depois daquilo, o rubro-negro passou a brigar mais na parte de cima da tabela – onde se encontra até hoje – no que foi o melhor período de Claudio Tencati a frente do rubro-negro. O Atlético chegou a completar 11 jogos sem derrota. Então, para a engrenada final, nada melhor do que se ater ao desempenho contra as mesmas equipes no primeiro turno para se animar pelo acesso.

“Por que não? Esse é o pensa­mento também. Às vezes precisa­mos lembrar dos bons momentos que vivemos dentro do campeona­to. Eu lembro do jogo contra o Sam­paio Corrêa no primeiro turno, por exemplo. A gente não vinha em um momento bom e foi um jogo dificí­limo. A gente abriu 1 a 0, no final es­tava 2 a 2 e o Renato Kayzer fez o gol da vitória no final. De lá, consegui­mos deslanchar quatro vitórias con­secutivas e conseguimos olhar com outros olhos a Série B. A gente tem que pensar nisso agora, é a hora de ter essa mudança e vamos lutar para isso. Conseguir a mesma sequência de vitórias que ocorreu nesse perío­do no primeiro turno”, avaliou o late­ral esquerdo Bruno Santos.

O departamento de Matemá­tica da UFMG estima que o time que somar 62 pontos tem 99,3% de chances de subir à Série A do Cam­peonato Brasileiro. Então, para que o Atlético consiga esta pontuação que fatalmente o colocaria na elite do Brasileirão, a equipe precisa so­mar mais 17 pontos até a reta final da campanha. Para isso, teria que vencer cinco dos oito jogos restan­tes e empatar mais dois. Então, até para repetir o feito da parte final do primeiro turno, o objetivo é tratar cada jogo como uma final.

“A gente tem trabalhado todos os jogos como se fosse uma final. Todo mundo tem esse pensamento. Até conversei ali com os outros jogado­res. Os primeiros e os últimos minu­tos de cada jogo são os mais impor­tantes, nos quais inconscientemente a gente acaba, psicologicamente, re­laxando. Temos que estar ligados na partida o tempo todo, cada detalhe, cada segundo, cada dividida é im­portante, pois é isso que a Série B pede”, cravou Bruno Santos.