Goiás

Caiado deve deixar equipe e projetos sociais para 2023

Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2022 às 15:28 | Atualizado há 2 anos

O governador Ronaldo Caiado (UB) deve deixar o envio para a Assembleia Legislativa da reforma administrativa e do pacote de projetos voltados à área social para 2023, quando a Casa terá nova composição. A informação é do secretário-geral da Governadoria, Adriano Rocha Lima.

Sobre a reforma, que ainda não está 100% formatada, ele diz o seguinte: “Já estamos em dezembro e não queremos tomar decisões erradas por precipitação. Queremos ter segurança da estrutura que vai ser mexida. É menos uma preocupação com prazo e mais com a qualidade”, adianta o auxiliar de Caiado, que não acredita ser viável o envio e a tramitação da proposta ainda neste ano.

A respeito dos projetos para a área social, que passam pela ampliação dos programas Mães de Goiás, Bolsa Aluno e Aluguel Social e pela criação do Bolsa Dignidade, programa de renda complementar de R$ 300 para pessoas de 60 a 65 anos, o titular da SGG defende que é preciso esperar definições do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Não podemos ter um plano de assistência social ou de transferência de renda que choque com o federal. Uma coisa tem que ser casada com a outra para maximizar o número de pessoas atendidas. Em função disso a gente tem de esperar um pouco.”

Adriano Lima ressalta que as ações sociais são emergenciais e precisam ser tomadas porque as pessoas têm necessidade para já. “Os programas precisam trabalhar em conjunto com a educação para que haja sustentabilidade a longo prazo.”

Sete chaves

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) mantém sob “sete chaves” a montagem do secretariado para o segundo mandato. Ele foi reeleito, no primeiro turno, com 51,8% dos votos válidos, em 2 de outubro deste ano.

Decidido a formatar uma equipe mesclada de técnicos e políticos, Caiado vai retardar as definições dos novos secretários, o que deverá ocorrer apenas em janeiro ou fevereiro. A diplomação pelo TRE-GO de Ronaldo Caiado para o segundo mandato de governador será dia 19 deste mês e a posse em 1º de janeiro.

Caiado não esconde seu contentamento com o desempenho, em quatro anos, de alguns auxiliares, como Cristiane Schmidt, na Fazenda, Adriano Rocha Lima, na Secretaria-Geral da Governadoria, Fátima Gavioli, na Educação, e Pedro Salles, na Goinfra. 

A expectativa de que o governador irá abrir espaços para representantes de partidos políticos, como o MDB, PSD e Progressistas, que integraram o bloco de 12 legendas em apoio à campanha pela reeleição.

Daniel Vilela, presidente estadual do MDB e vice-governador, deverá ter papel importante no segundo governo de Caiado, já que, em 2024, será candidato natural à reeleição ao Palácio das Esmeraldas, caso assuma o cargo com uma eventual desincompatibilização do titular.

Além da vice-governadoria, o MDB conta com dois deputados federais – Célio Silveira e Marussa Boldrin – e seis deputados estaduais – Lucas do Valle, Lucas Calil, Issy Quinan, Amilton Filho, Charlles Bento, Lineu Olímpio. O sétimo parlamentar poderá perder a cadeira – Thiago Albernaz.

O PSD de Vilmar Rocha também deverá ser ouvido sobre a composição do governo. O partido elegeu um deputado federal – Ismael Alexandrino – e dois estaduais – Cairo Salim e Wilde Cambão.

O Progressistas, presidido por Alexandre Baldy, também deverá ter espaço no governo Caiado. O partido reelegeu dois deputados federais – Adriano do Baldy e José Nelto e conquistou três cadeiras de deputado estadual – Vivian Naves, Jamil Calife e Alessandro Moreira.

O União Brasil, partido do governador, também deverá indicar representantes para a futura administração, pois conta com dois deputados federais – Zacharias Calil e Silvye Alves e sete deputados estaduais – Bruno Peixoto, Virmondes Cruvinel, Lincoln Tejota, Renato de Castro, Almauri Ribeiro e Talles Barreto.

Partidos da base aliada como Republicanos, Solidariedade, PRTB, Avante, PSC e PDT, com representação na Assembleia Legislativa, também serão chamados para integrar a futura administração nos diversos escalões.

Base eleitoral

A partir de janeiro, Ronaldo Caiado e Daniel Vilela, ao lado dos dirigentes dos 12 partidos coligados, estarão com as atenções voltadas para os próximos pleitos eleitorais – municipais em 2024 e estadual e federal em 2026.

A estratégia política do Palácio das Esmeraldas é a de prosseguir com as parcerias administrativas nos municípios para contribuir com a reeleição dos prefeitos aliados. Hoje, a base caiadista conta com o respaldo de 236 dos 246 prefeitos goianos.

O prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves, presidente da Federação Goiana de Municípios (FGM), diz que a maioria esmagadora dos gestores reúne musculatura política para reeleição em 2024, já que conta com elevada popularidade em suas comunidades.

Para as eleições de 2026, Caiado poderá concorrer ao Palácio do Planalto ou ao Senado da República. Ele só vai tratar da agenda eleitoral no ano do pleito.

Já Daniel Vilela poderá disputar a reeleição para o governo de Goiás, caso assuma o poder em 2 de abril de 2016 com uma eventual desincompatibilização do governador.

Nos próximos três anos, o Palácio das Esmeraldas vi priorizar a execução dos programas de obras, principalmente nas áreas de educação, saúde, segurança pública e infraestrutura, preparando o ambiente político para o pleito de 2026.

Governador sanciona taxa do agro em Goiás; recursos vão para rodovias

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) sancionou nesta terça-feira (6) a criação do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), formado através da chamada “taxa do agro”, uma tributação de até 1,65% sobre a produção agropecuária em Goiás. De acordo com o documento publicado na edição suplementar do Diário Oficial, os recursos serão destinados ao desenvolvimento econômico do Estado.

Os valores arrecadados pelo Fundeinfra serão utilizados em obras de recuperação e pavimentação de rodovias goianas a partir de 2024. Visto que, o Fundo será formado ao longo de 2023, depois que a taxação sobre os produtos agropecuários for iniciada. Durante esse período obras necessárias ao Estado continuarão sendo feitas com recursos do Tesouro.“

Programamos o primeiro ano do próximo governo com recursos do Tesouro, pela Lei Orçamentária Anual (LOA) parecida com este último ano do atual governo, com algo próximo a R$ 1 bilhão. Nos três anos seguintes, a meta é fazer gastos maiores com as obras de infraestrutura, já podendo contar com o suporte do Fundeinfra”, explicou o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales.Apesar de muitos protestos de produtores rurais, no mês passado, a Assembléia Legislativa (Alego) aprovou a criação do Fundeinfra. O governo de Goiás afirma que o Fundo vai compensar a queda na arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), por conta da redução das alíquotas incidentes sobre setores como venda de combustíveis e energia.ManifestaçõesUm grupo de representantes do agronegócio goiano realizou um protesto no dia 22 de novembro, na Alego. Na ocasião, a sessão de votação do projeto foi encerrada depois que produtores rurais contrários à taxação sobre produtos agropecuários quebraram uma das portas do plenário da casa e invadiram a sessão para solicitar que a pauta não fosse votada.

Os futuros recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra) só devem ser utilizados em obras de recuperação e pavimentação de rodovias goianas a partir de 2024. Isso porque o Fundo ainda deve ser formado ao longo de 2023, depois que a taxação sobre os produtos agropecuários for iniciada. Enquanto isso, de acordo com o presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, as obras necessárias ao Estado continuarão sendo feitas com recursos do Tesouro.Nesta terça-feira (6), a Goinfra realizou audiência pública com representantes de empresas especializadas para discutir as regras das próximas licitações para manutenção dos 21 mil quilômetros de rodovias estaduais, incluindo pontes, bueiros e faixas de domínio, que prometem ser mais rigorosas para garantir um processo mais eficiente.A criação do Fundeinfra foi aprovada pela Assembleia Legislativa no mês passado, mediante muitos protestos de produtores rurais. O Fundo foi criado pelo governo de Goiás para compensar a queda na arrecadação de ICMS, por conta da redução das alíquotas incidentes sobre setores como venda de combustíveis e energia, e seus recursos serão destinados a obras de infraestrutura importantes para o setor agropecuário.

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