Internacional

Protestos contra governo de Daniel Noboa terminam em confronto no Equador

Manifestações em diversas cidades equatorianas expressaram descontentamento com o governo de Daniel Noboa, marcado por uma crise energética, aumento da violência e cortes no orçamento social. Os protestos resultaram em confrontos com a polícia, prisões e feridos, enquanto líderes acusam o governo de negligência e tentativas de privatização do setor elétrico.

Jeferson Lagares- Estágio DM

Publicado em 23 de novembro de 2024 às 12:07 | Atualizado há 2 meses

Manifestações realizadas em várias cidades do Equador na última quinta-feira (21) contra as políticas do presidente Daniel Noboa resultaram em confrontos e prisões. Em Quito, a marcha liderada pela Frente Unitária dos Trabalhadores (FUT) e a Confederação de Nacionalidades Indígenas (Conaie) foi barrada pela polícia ao tentar acessar o centro histórico. O presidente da FUT, José Villavicencio, criticou a gestão de Noboa, acusando-o de autoritarismo e de negligência frente à crise econômica, energética e de segurança.

O país enfrenta um grave déficit energético, que já causou perdas bilionárias, além de uma escalada na violência ligada ao narcotráfico. Em Guayaquil, o protesto coincidiu com a memória do massacre de 1922, ampliando as críticas ao governo. Segundo a Conaie, os apagões e cortes no orçamento social aumentaram a pobreza.

A repressão policial deixou três agentes feridos e resultou na prisão de dez manifestantes, enquanto imagens de violência policial circulavam nas redes sociais. Especialistas apontam que a atual crise energética pode estar ligada a interesses de privatização do setor elétrico, contradizendo a Constituição do país.

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