Opinião

2016, avanços para a saúde do cidadão

Diário da Manhã

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 01:42 | Atualizado há 8 anos

No ano de 2016, a Saúde enfrentou grandes desafios e alcançou ótimos resultados. O período teve como base o planejamento e a realização de projetos e inaugurações para melhorar a qualidade de vida dos goianos. Entre as conquistas estão a Operação “Goiás contra o Aedes”; inauguração do Credeq, em Aparecida de Goiânia; o Hugo ganhou certificado ONA 1; o HGG revalidou o selo com o ONA 2 e o Crer, ONA 3, da Organização Nacional de Acreditação. Três hospitais estão em fase de ganhar o certificado ONA (Hugol, Materno Infantil e Hospital Ernestina Lopes Jaime, em Pirenópolis). De cinco mil instituições de Saúde cadastradas no Brasil, apenas 1% de todas, como hospitais, laboratórios e bancos de sangue receberam esse mesmo crédito.

Mesmo com a crise financeira que o país enfrenta, conseguimos aumentar os leitos do Hugol e ampliamos a maioria dos nossos hospitais, ao contrário de outros Estados que estão fechando unidades e diminuindo o atendimento para a população.

Outro fato inédito foi o pagamento da contrapartida para os municípios no mesmo exercício. Só em novembro, foram quitados cerca de R$ 148 milhões, que serão usados para desenvolvimento de ações da Atenção Primária à Saúde, na qual são resolvidos 85% dos problemas de saúde da população, o que significa menos agravos e economia de recursos públicos. Esse é um feito inédito no Estado, e como ex-secretário de saúde municipal, entendo, particularmente, o alcance dessa conquista e os benefícios que significam para os cidadãos.

Ainda buscamos melhorar a Saúde Básica, com a participação no Programa Goiás Mais Competitivo, que visa a redução das taxas de mortalidade infantil e materna. Também assinamos convênios com hospitais municipais e filantrópicos, que são fundamentais para ampliar os serviços de Saúde à população.

Uma das grandes ações que tivemos esse ano foi a força-tarefa “Goiás Contra o Aedes”, que durante todo o ano promoveu ações articuladas com os municípios, em parceira com o Corpo de Bombeiros, reduzindo os focos do mosquito e a incidência de dengue, zika e chikungunya.

Trinta municípios alcançaram a marca “Zero Aedes”, isso significa que, nesses locais, não foi identificado nenhum foco de Aedes Aegypti, até o meio do ano. Com isso, em janeiro deste ano, cerca de 4% dos domicílios goianos tinham focos do mosquito e chegamos, ao meio do ano, com infestação menor que 0,2%, uma redução de 95%.

Todo esse processo foi monitorado pelo Centro de Informações e Decisões Estratégicas em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann. Esse inovador ambiente tecnológico permite que a SES tenha acesso à informações atualizadas que permitem o planejamento estratégico de ações e políticas em saúde. O Conecta SUS já é uma referência nacional, citado como exemplo pelo Ministério da Saúde.

Em resposta ao apelo da sociedade, com relação ao tratamento de dependentes químicos, inauguramos o Centro de Referência e Excelência em Dependência Química, em Aparecida de Goiânia (CREDEQ – Prof. Jamil Issy). O objetivo é devolver a dignidade a uma parcela significativa da sociedade, com um tratamento humanizado e de excelência. A unidade foi inaugurada, em junho, e atendeu 136 pacientes, até a primeira semana de novembro. A intenção é dar oportunidade àqueles casos nos quais as terapias, até o momento, não deram certo. Os resultados iniciais são muito positivos, por isso acredito que é um importante instrumento para o tratamento de dependentes, aliviando o sofrimento dos dependentes e de seus familiares.

A regionalização da saúde também tem sido priorizada. Três hospitais de grande porte estão sendo construídos, em regiões estratégicas do Estado. Na região do norte goiano temos, com mais da metade das obras finalizadas; e o Hospital de Uruaçu, com mais de 300 leitos, sendo 40 de UTI. A expectativa é que esteja pronto, no fim de ano que vem, ou início de 2018. Temos ainda dois hospitais no entorno do DF, em Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto, que estão em fase avançada de conclusão.

Hospitais que já fazem parte da rede do Estado também estão sendo ampliados. O Huana, por exemplo, praticamente dobrará de tamanho, com as suas obras de ampliação, e o HDT ganhará mais 40 leitos. Essa unidade é uma referência para doenças infectocontagiosas não só para Goiás, mas também para o Brasil. Em vários outros hospitais estamos promovendo melhorias contínuas, como é o caso do HMI. Ainda temos seis Ambulatórios de Especialidades Médicas (AMEs) sendo construídos, que atenderão a população do interior do Estado, em 19 especialidades médicas, e ainda mais 4 Credeqs. As obras não param.

Outro ponto importante foi a ampliação dos leitos de UTI no Estado. Em seis anos, Goiás aumentou em 51% o número de leitos de UTI. O Estado também cofinancia cerca de 400 leitos de UTI, complementando valores pagos pelo Ministério da Saúde, que estão bastante defasados. Portanto em relação aos investimentos, apesar das dificuldades financeiras que marcaram o País, tivemos um ano bem sucedido.

Estamos em uma fase inédita na SES-GO. Nunca se capacitou tantos profissionais, seja da própria secretaria de Estado ou das municipais de Saúde, das universidades. Isso é uma ganho muito importante, porque esses servidores representam avanço na qualidade do atendimento. Sinto-me privilegiado por vivenciar esse momento e coordenar a equipe da SES, formando parcerias com universidades, fundações públicas, instituições privadas, no sentido de qualificar os profissionais do nosso Estado.

Saúde Pública de qualidade se consegue com dedicação, mas também com muito conhecimento por parte dos servidores. Por fim, vamos continuar ampliado o atendimento, o acesso das pessoas a uma saúde gratuita e de qualidade, respeitando o cidadão.

 

(Leonardo Vilela, secretário de Estado da Saúde)

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