A cura do câncer corre contra o tempo e a demora pode matar!
Diário da Manhã
Publicado em 6 de julho de 2017 às 00:48 | Atualizado há 8 anosAtualmente, em torno de 60 a 70% dos cânceres diagnosticados são curados com estratégias terapêuticas que envolvem uma ou mais formas de tratamento. Os três principais tipos de tratamento são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de câncer, bem como o estágio em que se encontra, são os principais fatores de decisão. Em muitas situações as três formas de tratamento são integradas para obtenção do melhor resultado possível.
A radioterapia é um tratamento que utiliza radiação ionizante (Raios X de alta energia) para tratar ou prevenir o aparecimento de tumores em uma determinada região do corpo. Em torno de 60% dos casos de câncer necessitam de radioterapia ao menos em uma fase do plano terapêutico, de forma isolada ou associada a outro tratamento, como cirurgia e/ou quimioterapia, para assegurar uma adequada curabilidade ou um efeito paliativo.
Na maioria das vezes, a radioterapia no tratamento dos tumores malignos mais prevalentes da população brasileira. Em várias situações, apenas a radioterapia é utilizada para obtenção da cura, como no câncer de próstata, de pele, de colo uterino, de pulmão e de outros, principalmente quando esses estão em fase inicial.
Diante disso, é imprescindível que o combate ao câncer mereça todo o foco e atenção na busca por melhores práticas de prevenção e cura, uma vez que a possiblidade de cura corre contra o tempo, que não permite a existência de filas de espera para estes atendimentos. Pensando nisso, a Lei nº 12.732/12 (em vigor desde 23/05/2013) estabeleceu que o primeiro tratamento oncológico no SUS deva iniciar no prazo máximo de 60 dias a partir da assinatura do diagnóstico.
Apesar de meritória, a iniciativa do Ministério da Saúde, através da portaria 931 de 10 de maio de 2012, que institui o Plano de Expansão da Radioterapia no SUS, ainda é uma realidade um tanto quanto distante da prática. Temos acompanhado de perto, o desafio que é a execução deste Plano.
Instituído em maio de 2012, ainda em 2017, pouco se tem de efetivo resultado na ampliação do serviço. Impedimentos burocráticos fazem com que um benefício tão importante como esse, mesmo com recurso garantido, demore mais de 5 anos para efetiva implantação.
Em Goiás, não diferente do que acontece no restante do país, a implantação que será em Anápolis e em Goiânia, ainda não foi concluída. Temos cobrado do Ministério da Saúde, sabemos das dificuldades, mas, é preciso tratar a destinação de recursos destinados a serviços importantes como esses de forma diferenciada.
A cura do câncer corre contra o tempo e a demora pode matar!
(Flávia Morais, deputada federal)
]]>