A mulher no mercado de trabalho. Um olhar social e cultural
Diário da Manhã
Publicado em 24 de março de 2018 às 22:51 | Atualizado há 7 anosNesse mês das mulheres, eu, Aninha Carvalho, vereadora por Trindade, quero nesse artigo relatar um pouco da luta que é a inserção da mulher no mercado de trabalho. E os acontecimentos que vivo nesse âmbito cultural e social, abordando algumas teorias que defendem o lugar da mulher na sociedade.
Antigamente vivíamos numa sociedade dominada por uma cultura repreensiva e de desigualdade, as mulheres eram fadadas a ser totalmente submissa tratadas como propriedade de seus pais, maridos e irmãos. Nessa época, as mulheres lutavam pelo o, direito à vida política, educação, direito ao divórcio e livre acesso ao mercado de trabalho. Com o passar do tempo as mulheres começaram a lutar reivindicando direitos iguais.
Durante o Império foi reconhecido o direito à educação feminina. Em meados de 1822 a 1889 a grande ativista, a escritora Nísia Floresta Augusta funda primeira escola para meninas no Rio Grande do Sul e, posteriormente, no Rio de Janeiro um marco na historia da mulher brasileira. E como estes foram vários acontecimentos, onde a mulher foi conquistando espaço na sociedade. Já no dias de hoje o perfil das mulheres muito diferente daquele do começo do século.
Desde últimas décadas do século XX, um dos fatos mais marcantes na sociedade brasileira, é a inserção, da mulher no campo do trabalho, isso se torna cada vez mais crescente. Explica este fato pela combinação de fatores econômicos, culturais e sociais.
A teoria de Ramos (2000) aborda que Além de ocupar as tarefas que são tradicionais imposta pela a cultura patriarcal tais como ser mãe, esposa e dona de casa a mulher quer trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade com a teoria que é possível conciliar os dois, carreira e casa, construindo a chamada dupla jornada de trabalho e assim enfatizando a importância da mulher no mercado de trabalho e no âmbito familiar.
Nessa luta trago em minha trajetória grandes conquistas como mulher. Sempre quis alcançar meus objetivos e conquistar meu espaço ter a competência reconhecida. Em 2012 cheguei a ser, a única mulher vereadora na cidade de Trindade. Meu intuito sempre foi trabalhar pela a igualdade social e pelo o lugar do sexo feminino na política. Tenho como grande alcance pessoal, ter um espaço de voz no campo da legislação.
A mulher tem tomado posse do seu espaço, tem crescido e evoluído apesar de que falta muito ainda. Neste ano de 2018 tenho concentrado no objetivo de estimular a capacitação e orientação para mulheres atingidas pela desmotivação e desemprego. Conversei com varias mulheres que me disseram “preciso ser inseridas no mercado de trabalho”. Mulheres que precisam cuidar da casa, filhos tem responsabilidades familiares. Com tenho buscado parcerias, palestras, cursos profissionalizantes para motivar as mulheres ao mercado de trabalho.
A Teoria de Priore (1997) embasa no crescimento da participação das mulheres no mercado de trabalho foi contribuído, também, pelo aumento do custo de vida e a monetarização da economia, forçando as mulheres ajudar no rendimento familiar.
As centenas de anos a população feminina sofre com a discriminação social e cultural em que se levanta o preconceito que a impede de exerce o papel como cidadã mais fora do âmbito familiar, com isso impedindo a evolução no mercado de trabalho.
Essa história tem mudado. A meu ver, mesmo com a discriminação em relação ao trabalho feminino, nos estamos conseguindo espaço e ganhando o respeito. Já provamos que além de ótimas cozinheiras, serem boas motoristas, mecânicas, engenheiras, vereadoras somos perfeitamente capazes, de conquistar aquilo que desejamos e provocamos grandes mudanças na sociedade e na cultura. Através destas palavras quero incentivar as mulheres não desistirem dos seus sonhos, pois existe um Deus que trabalha por nós.
(Aninha Carvalho, vereadora)
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