Opinião

A religião de Jesus – Parte I

Redação

Publicado em 13 de agosto de 2015 às 22:04 | Atualizado há 9 anos

“Aquele que quiser ser maior no Reino de Deus seja servidor de todos.”

1 – (Mt. 20:26)

 

Emmanuel, Espírito, revela-nos que Jesus presidiu a formação da Terra e que é seu Governador2. Isto significa que há bilhões de anos já atingira extraordinária evolução. E, modestamente, aceitou a incumbência de nos evangelizar, para compreendermos as leis de Deus, que se resumem no Amor!

Ele não se impõe, não se aborrece com nossos defeitos e nos oferece, nas múltiplas reencarnações e em variadas circunstâncias, meios para desenvolvermos a inteligência e os bons sentimentos: na profissão; no lar; ou nos diversos relacionamentos de nossas vidas.

Dá-nos oportunidades de trabalho, até aprendermos a servir com gratidão e alegria, sem melindres e sem escolher parceiros de atividades, trabalhando com aqueles que se apresentam!

Espera, pacientemente, nosso amadurecimento, a fim de aderirmos, de forma consciente, ao seu ideal de Amor; para conquistarmos plena Liberdade, Harmonia, ventura e belezas dos mundos superiores!

“(…) Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me. (…)”.1  Lc, 9:23.

Afirma claramente: se alguém quer… E vejam a humildade e a infinita paciência com que atua esse Espírito, cuja grandeza é inimaginável para nós!

Para vivenciar sua Religião, cabe-nos servir, na família ou na comunidade, favorecendo o trabalho de equipe, para que todos participem de atividades em favor do bem comum e da evolução de todos os Espíritos provisoriamente vinculados à Terra!

Sem a perspectiva histórica e o hábito – cada vez mais raro – da leitura, do estudo, da pesquisa, e, sobretudo, sem as informações a nós repassadas por Mentores da Vida Maior, torna-se difícil ao homem comum entender que Jesus continua presente em nosso orbe, em nossas vidas e que dá sequência à nossa evangelização – processo este que ainda se estenderá por longo tempo!

Legou-nos, há dois mil anos, o resumo das leis Divinas que, observadas, nos concedem a saúde efetiva, que é a do Espírito imortal, porque nos harmonizam com o Criador. Saúde que se refletirá em nosso corpo físico, nesta e em futuras encarnações.

A vivência desses princípios conduzir-nos-á à evolução consciente, acelerando nossa caminhada evolutiva, além de eliminar sofrimentos acarretados pela inobservância dessas Leis.

Ao longo do tempo – mesmo antes de Sua vinda a este orbe –, propiciou a fundação de inúmeras religiões e inspirou artistas, filósofos, escritores, cientistas, para contribuírem com o progresso moral da Terra.

A multiplicidade dessas religiões revela-nos a sabedoria e a generosidade do Pai, que a todos nos favorece, com escolas adequadas e compatíveis com nossa capacidade de compreender – ainda que fragmentariamente – Suas Leis e sublimes desígnios.

O Mestre não veio, da parte do Pai, para curar corpos, mas Espíritos imortais. As curas são

“(…) para alívio dos que sofrem e para ajudar na propagação da fé (…)”.3

Nem veio para nos conceder prosperidade material, mas, sim, conduzir-nos ao progresso espiritual. Em Suas lições sublimes o foco é outro.

2- Não visam os bens materiais – passageiros. Iludem-se os que O buscam com esses objetivos. Representam caminhos para a evolução – real progresso do Espírito.

Como se vê, ainda não assimilamos esses ensinos, não os incorporamos à nossa conduta diária, não obstante as inúmeras reencarnações porque passamos, após Sua presença neste orbe.

Não nos preocupamos em ‘aviar’ suas libertadoras receitas.

Ao cuidar do corpo físico, temos pressa em aviar receitas médicas – se não contemplam exercícios físicos, regimes alimentares ou supressão de vícios, sempre adiados para as calendas gregas, ou seja, para nunca, eis que só existiram “calendas” romanas.

E é esse alheamento aos ensinos de Jesus que nos mantém presos à roda das reencarnações dolorosas!

A rigor, Ele próprio não fundou qualquer religião! Sobretudo religiões à maneira das que existem na Terra, ainda que seu nome e ensinos sejam nelas mencionados e raramente observados!

Suas lições não requerem nem organizações complexas, nem templos suntuosos, nem preconizam rituais, roupas especiais, sinais exteriores; mas mudanças internas; traduzidas em normas de conduta surpreendentemente de natureza prática.

Pregava em qualquer parte onde se encontrava: à margem do lago; em casa da sogra de Pedro; em casa de Lázaro, Marta e Maria e… até nas sinagogas!

“Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24

Sempre fomos mal orientados pelas religiões tradicionais – nas várias reencarnações porque passamos –, sempre achamos que a frequência aos templos (ainda que de forma desatenta, na maioria dos casos), apenas uma vez por semana e o exercício de práticas exteriores, eram bastantes para a conquista de um ‘céu de louvor e contemplação, em repouso eterno’!

Repouso esse que revela a suprema ignorância das Leis Divinas – e preguiça ainda maior! Eis que o trabalho é Lei da vida.

E que castigo insuportável seria a eterna indolência!

Jesus, em parte alguma, menciona esse ‘repouso eterno’! Aqueles que defendem essa tese absurda parecem desconhecer o ensino do Mestre sobre o trabalho:

“Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.” 1 (Jo, 5:17).

É muita desatenção! Ou infinita preguiça!

A evolução contínua dos Espíritos pressupõe o desenvolvimento do Amor e a educação da inteligência. E isso requer esforços, estudos e trabalhos constantes, que guardem relação com nosso estágio evolutivo. Porque evoluímos muito lentamente, somos submetidos às infinitas reencarnações!

Não apenas revelou que Deus é nosso Pai e que “a Lei e os profetas” se resumem em amá-Lo e ao próximo como a nós mesmos.

Sua Doutrina, além de recomendar-nos a vivência desse amor amplo, indica-nos, com simplicidade, as formas de praticá-lo, na conduta diária. Só a adoção dessas práticas nos conduzirá, a pouco e pouco, ao autoconhecimento, à conquista da harmonia e da paz plenas.

Observadas, religam-nos ao Pai, pela vivência do amor fraternal com todas as criaturas. Importa aqui recordar que Religião significa religação com o Pai!

 

(Gebaldo José de Sousa, aposentado pelo Banco do Brasil, expositor espírita)

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