Opinião

Ações trabalhistas em queda

Diário da Manhã

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 00:04 | Atualizado há 7 anos

Se­rá o fim da in­dús­tria das ações tra­ba­lhis­tas no Pa­ís?!…  Com o ris­co de ter de pa­gar os cus­tos dos pro­ces­sos se per­der a ação, co­mo cons­ta na no­va lei tra­ba­lhis­ta, se­rá que o tra­ba­lha­dor es­tá de­sis­tin­do des­ta de­man­da ju­di­cial?!… Ló­gi­co que, com uma se­ma­na em vi­gor des­tas no­vas leis tra­ba­lhis­tas que ocor­reu nes­te úl­ti­mo dia 11 de no­vem­bro, é mui­to se­do pa­ra apon­tar os efei­tos des­ta im­por­tan­te re­for­ma, que não era fei­ta des­de 1942! Mas, sur­pre­en­de a que­da de 90% nas ações tra­ba­lhis­tas apu­ra­das em cin­co tri­bu­nais re­gi­o­nais do tra­ba­lho. Por exem­plo: no Rio Gran­de do Sul, se na se­ma­na an­te­ri­or da en­tra­da em vi­gor das no­vas re­gras tra­ba­lhis­tas o nú­me­ro de ações al­can­çou a 2.613 ca­sos, na se­ma­na se­guin­te caiu pa­ra ape­nas 173 ca­sos. Se­gui­do da Ba­hia de 1.400 pa­ra 126 – Per­nam­bu­co, de 1.133 pa­ra ape­nas 134. E com que­das acen­tu­a­das tam­bém na Pa­raí­ba, Dis­tri­to Fe­de­ral/To­can­tins. Tu­do bem que, co­mo afir­ma o pre­si­den­te da As­so­cia­ção Na­ci­o­nal dos Ma­gis­tra­dos (Ana­ma­tra), que es­ta que­da era es­pe­ra­da por­que um gran­de nú­me­ro de tra­ba­lha­do­res se an­te­ci­pou com su­as ações pa­ra apro­vei­tar a an­ti­ga CLT. Mas, tu­do in­di­ca que, es­ta re­for­ma tra­ba­lhis­ta, além de mo­der­na e po­si­ti­va pa­ra tra­ba­lha­do­res e em­pre­sá­rios, vai tam­bém por um fim a in­dús­tria ne­fas­ta das ações tra­ba­lhis­tas que se ins­ta­lou no Pa­ís…

(Pau­lo Pa­nos­si­an, via e-mail)


Mudou bonito

Já ti­ve mui­tos de­se­jos no tran­s­cor­rer des­ta  mi­nha vi­da. Al­guns, eu jul­ga­va  de im­pos­sí­vel re­a­li­za­ção. Den­tre es­ses, es­ta­va o de ver pu­ni­dos com to­do o ri­gor da lei,  os po­lí­ti­cos cor­rup­tos e ou­tros ca­na­lhas de co­la­ri­nho bran­co. Cres­ci ou­vin­do os mais ve­lhos di­ze­rem: “No Bra­sil  a Lei não é igual pa­ra to­dos e ca­deia foi fei­ta só pa­ra po­bre”. Fa­zen­do co­ro com os que pen­sa­vam as­sim, es­ta­va o meu pai. Coi­ta­do, par­tiu an­tes de che­gar a La­va Ja­to. Ah, se ele es­ti­ves­se aqui pa­ra ver o quan­to as coi­sas mu­da­ram. Quan­tos chur­ras­cos ele já te­ria fei­to pa­ra co­me­mo­rar o cer­co da Jus­ti­ça so­bre  as­sal­tan­tes de co­fres pú­bli­cos. Do jei­to que ele ti­nha von­ta­de de ver o Lu­la con­de­na­do, é bem pro­vá­vel que te­ria ido a pé, de Bra­sí­lia a Apa­re­ci­da do Nor­te pa­ra agra­de­cer pe­la con­de­na­ção. Ah, pai, eu que­ria tan­to que o se­nhor es­ti­ves­se aqui vi­ven­do es­te mo­men­to lin­do. Tem mui­to fi­gu­rão to­man­do ba­nho de Sol em pá­tios de pre­sí­di­os. Até os pro­pri­e­tá­rios do mai­or fri­go­rí­fi­co do mun­do es­tão no xi­lin­dró. Ah, co­mo dói não tê-lo aqui, pai.

(Je­o­vah Ba­tis­ta, via e-mail)


Candidatos à presidência!

A po­pu­la­ção bra­si­lei­ra de­pois de tan­ta rou­ba­lhei­ra pro­vo­ca­da pe­lo lu­lo­dil­mis­mo. De tão sem pers­pec­ti­vas cor­re igual ba­ra­ta ton­ta em bus­ca de um can­di­da­to bom e ho­nes­to pa­ra 2018. Por­tan­to não é sem ob­je­ti­vo que tan­to da es­quer­da, cen­tro e di­rei­ta, es­tão apa­re­cen­do tan­tos ne­ó­fi­tos se au­to-in­ti­tu­lan­do sal­va­do­res da pá­tria. Mas no fun­do, sa­be­mos que quan­to mais di­vi­di­das as opi­ni­ões. Quan­to mais sen­tir sem um re­pre­sen­tan­te, os bra­si­lei­ros ou irão se ab­ster, pre­fe­rin­do apro­vei­tar o fi­nal de se­ma­na em vez de en­fren­tar as ur­nas, ou da­rá seu vo­to ao mais sim­pá­ti­co pul­ve­ri­zan­do as elei­ções de tal jei­to, que o ex-pre­si­den­te Lul­la, que tem 30% de mi­li­ton­tos fa­ça sol ou fa­ça chu­va, po­de­rá che­gar a vi­tó­ria. Por­tan­to, con­tra ou a fa­vor, da­rei co­mo em to­das as elei­ções meu vo­to pa­ra aque­le que der­ru­bar pa­ra sem­pre es­se en­go­do cha­ma­do Lul­la da Sil­va. De­pois a gen­te co­bra in­ces­san­te­men­te do ven­ce­dor as pro­mes­sas de cam­pa­nha. Qual­quer ce­ná­rio é me­lhor do que o pas­sa­do!

(Be­a­triz Cam­pos, via e-mail)


Baita limpeza

A aço­da­da de­ci­são da Alerj que de­ter­mi­nou a li­ber­da­de de Jor­ge Pic­cia­ni, Ed­son Al­ber­tas­si e Pau­lo Me­lo, to­dos po­lí­ti­cos do PMDB, pre­sos por de­ci­são do Tri­bu­nal Re­gi­o­nal Fe­de­ral da 2ª re­gi­ão (TRF2), foi con­si­de­ra­da ile­gal e, por is­so, o mes­mo ór­gão de jus­ti­ça, de no­vo por una­ni­mi­da­de, or­de­nou a ime­di­a­ta re­con­du­ção de­les à ca­deia. Por ou­tro la­do, os de­pu­ta­dos que vo­ta­ram, em tem­po re­cor­de, pe­la sol­tu­ra, di­an­te dos gra­ves cri­mes de pi­lha­gem e cor­rup­ção co­me­ti­dos, de­ve­ri­am tam­bém ter as res­pec­ti­vas pri­sões de­cre­ta­das, por im­po­rem da­nos mo­ra­is à po­pu­la­ção flu­mi­nen­se. Se­ria uma bai­ta lim­pe­za!

(Pau­lo Ro­ber­to Go­taç, via e-mail)


O STF abriu a porteira. Acorda, Brasil!

Tex­to de um ci­da­dão ca­ri­o­ca co­mum e anô­ni­mo es­cri­to em 17/11/2017 após cons­ta­tar que a sa­í­da le­gal pa­ra o Bra­sil já não exis­te. “Mui­to obri­ga­do Pre­si­den­te Cár­men Lú­cia An­tu­nes Ro­cha. O Rio de Ja­nei­ro aca­ba de ver três la­drões do erá­rio pú­bli­co se­rem sol­tos por ou­tros 39 ban­di­dos co­mo eles. O que a Se­nho­ra tem a ver com is­so? Re­al­men­te tu­do.Es­te­ve em su­as mãos o Vo­to de Mi­ner­va pa­ra es­tan­car es­se ab­sur­do, mas a Se­nho­ra fu­giu da res­pon­sa­bi­li­da­de e re­sol­veu dei­xar nas mãos do Le­gis­la­ti­vo a de­ci­são so­bre o des­ti­no le­gal de seus mem­bros. O re­sul­ta­do que o Rio es­tá ven­do ho­je é o re­fle­xo da sua ati­tu­de que per­mi­tiu a sol­tu­ra do Se­na­dor Aé­cio Ne­ves e a de­vo­lu­ção de seus di­rei­tos po­lí­ti­cos pe­los seus pa­res, igual­men­te cor­rup­tos que que­ri­am uma pro­te­ção idên­ti­ca. Afi­nal, o que a Se­nho­ra achou que eles fa­riam com a fa­ca e o quei­jo na mão Se­nho­ra Pre­si­den­te? A se­nho­ra é flu­en­te em ale­mão, ita­li­a­no, fran­cês e es­pa­nhol, mas é anal­fa­be­ta na lín­gua do po­vo so­fri­do, do bra­si­lei­ro ho­nes­to, do tra­ba­lha­dor que pa­ga obri­ga­to­ri­a­men­te seus im­pos­tos que fi­nan­ciam to­dos os pri­vi­lé­gios dos acas­te­la­dos no po­der, seus enor­mes sa­lá­ri­os e gor­das apo­sen­ta­do­ri­as que já não lhes bas­tam, pois pre­ci­sam rou­bar ca­da vez mais e mais. A Se­nho­ra não te­ve fi­lhos nem ne­tos e tal­vez por is­so não con­si­ga en­ten­der do que es­tou fa­lan­do. Obri­ga­do pre­si­den­te Cár­men. O po­vo hu­mi­lha­do da nos­sa ci­da­de lhe agra­de­ce en­quan­to mais uma vez en­xu­ga as lá­gri­mas pe­la co­var­dia so­fri­da e lim­pa com re­sig­na­ção o es­car­ro que ain­da lhe es­cor­re pe­la fa­ce.”

(Le­o­ni­das Mar­ques, via e-mail)

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