“Alfacetas”
Diário da Manhã
Publicado em 16 de março de 2018 às 01:08 | Atualizado há 7 anosAlguém precisa avisar aos donos de restaurantes de origem portuguesa em Goiânia – que andam pisando demais no acelerador:
No muito festejado e quase tradicional “Botequim Mercatto” – no Bueno – uma prosaica fatia de abacaxi branco com leve raspitas de limão – não era o delicioso Pérola, please(!) – estão cobrando a bagatela de R$ 15,90…
No também frequentado “Porto Cave” – no Marista – todos os pratos que levam bacalhau não vem com arroz – tudo é cobrado à parte…
Do pão que se serve à mesa…
Sem falar nas iguarias que estão para hora da morte – numa crise sem tamanho que estamos enfrentando….
Outra coisa – somente o pastel de Belém – está disponível como sobremesa. Os outros deliciosos itens da terra cabralina – tem que se encomendar com 24 horas de antecedência. Pode?
Será que estamos em pleno séc.XIX onde temos todo o tempo do mundo para fazer isso?
Só poderia ser de “purtuguêiiss” mesmo!!!
Será que é por causa do medo de sobrar itens para o dia seguinte e não poder ser reaproveitádos???
Pois fama de “canguinhas” eles tem e muita… kkkkkk
Como os franceses e asiáticos… pois o brasileiro sempre dá um “jetinnho” – que tornou charme e cultura…
Meus amados nem no célebre bairro do ultra genuíno Alfama – em “Lisbótima” – comete-se uma heresia de “caresa” sem parâmetro como aqui…
Aliás – a maioria dos portugueses tem como fama em ser “mãos fechadas”, miseráveis e até usurários.
Coisa que não combinam em hipótese alguma com o estilo do bom goiano – onde a fartura e generosidade alcança os primeiros lugares…
No Mercado Central – por exemplo – na ala das empadas – última sala à esquerda – está o maravilhoso Restaurante da Miriam.
Mínimo – que deve-se caber no máximo 12 pessoas sentadas – como se fosse uma primeira classe..
Ali come se divinamente bem.
Onde as saladas, verduras cozidas e um saboroso macarrão frio – são dispostos num buffet de granito.
Os quentes “self service”, na panela – à vontade.
Pela quantia mais que razoável de R$ 10,00 – dez reais.
Noves fora o carinho maternal da sua dona – o bíblico Miriam – que chega ao local às 04:00 da matina – de segunda a sábado – para preparar sozinha todos as saborosos itens gastronômicos ali servidos.
Como igualmente o “Quitanda Goiana” – que fica na Rua 5, Centro quase esquina com a Goiás – no térreo do edifício Nicolau Feres.
A simpática e perita Dona Divina – vinda de Carmo do Rio Verde – está ali há 35 anos – auxiliada por duas lindas netas na maior presteza e alegria – servindo o que existe de mais saboroso entre biscoitos – pão de queijo – roscas e bolos de vários tipos – tortas doces e salgadas em fatias – por preços de cair no chão de tão baratos.
Há ainda mesas na calçada para se refestelar.
E agora ficou melhor ainda para estacionar ali pois o verdurão ali do lado tinha mania de por quatro cones na via pública para erradamente marcar seu território…
Só foi a bem informada e muito tarimbada Sueli Arantes registrar no seu importante “Fio Direto” – daqui do nosso DM – que tais incômodos sumiram por encanto…
A propósito – voltando lá de cima – se estes horríveis restaurantes portugueses – metidos à besta de Goiânia – onde muitos novos ricos acham lindo pagar caro para comerem, – beberem vinhos antipáticos com preços nas alturas – sobretudo – para verem e serem vistos…
Seria de bom alvitre que repensem suas exorbitantes tabelas..
Ou se não – pegam a próxima nau e desembarcam – o mais breve – para onde saíram…
Pois não dá mais para aguentar tanta desfaçatez.
Até porque no pique que o bravíssimo Governador Marconi Perillo vai – não seria novidade fazer chegar até aqui a famosa hidrovia Tietê sei lá das quantas – para embarcarem esses mesquinhos portugueses sem eira nem beira – que vem aqui com único intuito de nos explorarem – como se fossem ainda o rançoso Brasil Colônia…
Aliás, Pero Vaz de Caminha que o diga!!!
Agora para os preguiçosos que acham chique frequentar os carésimos do Bueno – que aliás virou estigma – pois tudo de disparate que existe em Goiânia está amontoado naquele bairro – que nos diga as construtoras e incorporadoras da vida…
Existe logo ali – o belo goiano Piquiras e seus respectivos empórios – do Bougainville e do Flamboyant – onde se come divinamente bem a preços bem razoáveis – quando a gente pode encontrar o fino da tradição da sociedade goianiense e aproveitar fazer maravilhosas compras nos belos shoppings onde estão ancorados.
Que não fazem mal a ninguém – pelo contrário.
Alimenta-se o corpo e alma!
Um excelente fim de semana a todos e não esqueçam de ir à Missa agradecer a Deus por existir e morar numa linda capital como Goiânia – onde a simplicidade hospitalidade e sobretudo – a honestidade – falam mais alto…
(Jota Mape, jornalista)
]]>