Comandante e comandado

Quero nesta simples mensagem reconhecer e destacar o competente trabalho do Coronel QOPM Divino Alves de Oliveira, Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de Goiás, que na minha modesta avaliação, tem sido um grande comandante e um excelente comandado. Conheço bem e de longa data o Coronel Alves, foi sempre disposto, dinâmico e trabalhador. Quando tive o prazer de chefiar a Assessoria de Comunicação da Corporação, à época chamada de PM/5, o então Capitão Alves fez parte da minha equipe, e já naquela época, demonstrava que teria um futuro brilhante na carreira que escolheu. O seu sucesso no Comando geral da PMEGO, para quem acompanha a sua trajetória profissional, como eu, não se surpreende, pois sempre foi uma pessoa simples e um profissional disciplinado e dedicado. Quem o acompanha nas lides do dia a dia sabe, que hora ele é o Comandante Geral e, não raras vezes, é também confundido com os comandados, visto que sempre se coloca na linha de frente das ações que comanda, como realmente deve ser o comportamento dos verdadeiros líderes. Mesmo na reserva, já “fora” de combate, acompanho o trabalho dos meus pares na ativa, e torço muito pelo sucesso de todos, mesmo reconhecendo que trabalham numa sociedade violenta, preconceituosa e desigual.Faço esta afirmação, espontaneamente, por que sempre vi no Comandante Alves, a figura de um profissional simples, desprovido de vaidades e extremamente comprometido com a profissão que escolheu.

O bom Comandante conhece a missão, ama o que faz, transmite segurança e dar bom exemplo. Predicados que o Comandante Alves têm de sobra, somando-se ainda, a sua conhecida disposição para o trabalho. Comandar uma Corporação Militar, composta de homens e mulheres, bem informados e com ideias próprias, não é tarefa fácil, e exige que Comandante, antes de ser um bom profissional, deve ser um bom líder, capaz de saber ouvir, prestigiar os liderados e demonstrar firmeza no que faz. Para comandar uma Corporação Policial Militar, com mais de um século e meio de existência, como a PMGO, com mais de 12.000 servidores, sem abrir mão da excelência da formação profissional, da boa conduta pessoal dos seus integrantes, e dos princípios básicos da hierarquia e da disciplina, requer do Comando e do Comandante Geral muito preparo, espírito de equipe e muita compreensão, condições que pode ser identificada no atual Comando da Polícia Militar de Goiás.

Orgulhoso da minha Corporação e na posição de sentido, louvo e parabenizo os policiais militares do Estado de Goiás que, apesar dos obstáculos que sempre encontram no caminho, nunca se acovardaram e sempre se mantiveram altivos e fiéis aos compromissos assumidos com o povo goiano e brasileiro. Vale destacar que mais de 60.000 pessoas são assassinadas por ano no país, menos de 10% dos crimes são esclarecidos, que todos os presídios estão lotados, que as Delegacias e Tribunais estão abarrotas de Inquéritos e Processos, e que mais de 200.000 criminosos, com prisões decretadas, ainda estão fora das cadeias. Esse é o cenário que o policial militar tem que atuar, independente dos meios e do apoio que recebe das autoridades e do Estado. Portanto, fazer segurança pública na sociedade onde a cultura é não se cumprir as leis, onde a mentira ocupa o lugar da verdade, onde a corrupção é instrumento de promoção pessoal, onde a legislação penal é frouxa e arcaica, onde a impunidade é o fomento da criminalidade, torna-se, para o policial militar, principalmente, uma tarefa difícil, injusta e desumana. Mesmo assim, os bravos policiais militares de Goiás, mantendo a sua tradição, continuam cumprindo com esmero a profissão que abraçaram. Parabéns Comandante ALVES.

(Gercy Joaquim Camêlo, coronel da Reserva Remunerada da PMGO)