Crianças para Jesus?
Diário da Manhã
Publicado em 13 de julho de 2017 às 01:02 | Atualizado há 8 anosDeixai vir a mim as criancinhas”- Jesus (Mc 10:13)
O Evangelho de Jesus, nos traz as mais diversa interpretações, sempre nos permite formas novas de entendimento, gerando ideias, ora recorrentes, ora inteiramente inovadoras em seu cerne. Essa determinação de Jesus é o segredo do futuro dos seres humanos.
Os estudiosos voltados para a formação da criança, tendo às mãos obras especializadas, escritas pelos mais respeitados autores, visando contribuir para a compreensão e condução da criança em seu universo. Curiosamente, os profissionais envolvidos em sua maioria, reclamam dos resultados alcançados, partindo naturalmente do explosivo cenário catalogado em toda a extensão do tecido social.
E na privacidade do seu mundo mental, põem-se a indagar sobre onde se equivocaram; o que lhes faltou no embasamento do futuro de tantas almas.
Também pais e mães com o coração opresso, nada entendendo perante os caminhos do crime e violência abraçados pelos seus amados.
O orgulho de pais e profissionais, mesmo ante a dura realidade, não se permitem admitir ter faltado algo que estava ao alcance das próprias mãos, mas não lhes parecia mais adequado, afinal, para que lhes serviria a experiência enquanto pais, se esgueirando pelos becos e vielas da vida infanto-juvenil, sempre prontos a oferecer o melhor do conhecimento cultural disponível? Os profissionais do ensino, pasmos param, se perguntando: As décadas de conhecimento adquirido a duras penas, onde educação pedagógica como que, lhes garantia roteiro seguro, para que serviram? Alguns de maneira mais direta, indagam se os caminhos via ensinamentos do Cristo não eram a lição específica que lhes faltava?
É comum os pais que encaminhando seus filhos para o conhecimento, equivocam-se ao transferir ao professor (com exceções) a tarefa da formação moral e ética. Não é preciso comentar as consequências de tais desmandos, produzindo os quadros de quase total falência de sua misão enquanto responsáveis pelo progresso não só material, como em especial e indispensável, o espiritual.
Essa falência múltipla intima todos os envolvidos e preferencialmente os pais, para reunidos tomar a decisão que adotada antes, teria quem sabe evitado quem sabe esse estado de “insolvência moral e ética”.
Por que não atender à determinação do Nazareno, quando concita pais e educadores a permitir irem a Ele os pequeninos?
O fato de irem a Ele absorvendo no cerne das sementes tenras, prontas a registrar no mais íntimo os ensinamentos embasadores de vidas, direcionadas ao bem, à prática da justiça e do amor, gerarão um novo tempo para começar, trabalhando os pais das novas gerações e as próprias, estabelecendo como indispensável a inteira integração à Boa Nova, como roteiro seguro para o resgate da paz social no futuro.
Que essa tarefa de entronização do Evangelho nos corações se transforme em alegre oportunidade de renovar caminhos que possibilitem a instalação da estabilidade social e da confirmação de uma nova e consolidada nação, não mais figura como país do futuro, mas, a pátria cujas bases se alicerçam no concreto forjado na Educação Plena, aquela capaz de eterniza-la no cenário das nações.
(Nilson Ribeiro, escritor)
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