Devoção e fé nos caminhos do Pai Eterno
Diário da Manhã
Publicado em 2 de julho de 2017 às 00:01 | Atualizado há 8 anosMais um ano de celebrações ao Divino Pai eterno. Mais uma vez as pessoas congregam o mesmo ideal de fé. A Romaria do Divino Pai Eterno 2017 iniciou na terça-feira, do dia 23 de julho. Foi oficializada pelo reitor do Santuário Basílica de Trindade (GO), Pe. Edinísio Pereira, cujo tema da festa deste ano é “Maria: serva humilde fiel ao Pai Eterno”. E hoje, 2 de julho, encerra-se este período em que a multidão vinda de vários estados do país revelam que a fé supera todos os obstáculos, aproxima as pessoas, cura todos os males, alivia os sofrimentos, apaga a mesquinhez social e abre portas para as esperanças…
Este período dedicado ao Pai Eterno nos reporta à história e nos lembramos de que através dos tempos a fé das pessoas se tornou aliada às obras de Deus Pai e de Nossa Senhora. É por isso que o tema da festa é dedicado à Maria, tendo em vista que há 300 anos fora encontrada a Imagem de Nossa Senhora Aparecida e também os 100 anos de Fátima. Maria é lembrada como Mãe; o Pai Eterno é lembrado como precedente da vida. Segundo Padre Edinísio “falar de Maria é lembrar esse contexto da pessoa humana, de Deus que convida, escolhe, capacita e conta com cada um de nós para que sejamos colaboradores Dele na obra da redenção. Ele quis contar com uma mulher, Maria, de onde veio um homem para auxiliá-lo, vindo Dele mesmo, o filho, Jesus Cristo. O servidor é aquele que sabe o que patrão faz. Então, neste contexto até o próprio Jesus diz: ‘Não os chamo mais de servos, vos chamo de amigos’, mas Maria é aquela que se coloca em prontidão após ouvir o chamado de Deus feito a ela através do anjo. Ela se coloca em questionamento, do mesmo modo que nós seres humanos sentimos no nosso coração as inquietações quando Deus nos chama à uma vocação ou função específica, mas o sim de Maria nos traz a redenção, a vida”. A igreja reconhece na “mulher” Maria, o propósito de medianeira da paz nas famílias, o exemplo de que a luta pela paz tem princípios infindáveis de fé e de perseverança. O Pai Eterno reconheceu que sua obra suprema viria de uma mulher. Este é o reconhecimento de santidade de Maria, de poder que não se compara a força física, mas a força da sabedoria e da resistência pela fé.
A fé no Pai Eterno é externada de várias formas e uma das mais emocionantes é a devoção pela caminhada até a cidade de Trindade. A Romaria é o maior evento religioso do Centro Oeste, o segundo do País e a maior Festa do mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. O romeiro carrega a sua experiência de fé, carrega o Deus que habita e mora no seu coração. Aliado ao sentimento de amor a Deus, o romeiro carrega também a tradição transportada pelos séculos, gerações e gerações trazem o emblema rural conduzido pelos carros de bois, pelas carroças, pelos cavalos. Sinais do tempo que não se realiza por modismos, mas é a perseverança é a verdade absoluta de que Deus é o mesmo desde o início dos tempos; de que a fé não tem cor, não tem modelos exclusivos; não se processa na vaidade, mas nas lembranças de que a origem de tudo é a verdade, que tem um único significado – Jesus, desde o início do mundo, por isso é eterna, é vinda de um Pai que é Eterno, do “Pai Eterno”.
A festa do Divino Pai Eterno se realiza com toda solenidade em uma semana, porém entendemos esse período como um chamamento para que a devoção não pereça e para que a fé não se dissolva nas dificuldades. Estamos vivenciando momentos de instabilidades econômicas e sociais, procedentes dos desvarios e abusos de poder, da ganância e do desperdício, porém não podemos nos curvar e perdermos a confiança de que o Pai Eterno zela pelos seus filhos. Assim, peço a Ele que oriente as decisões da nossa cidade, do nosso estado e do nosso país, para que elas se realizem na segurança e na dignidade humana.
(Célia Valadão, secretária Municipal de Políticas para as Mulheres, cantora, bacharel em Direito e vice-presidente do PMDB Metropolitano)
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