Enquanto é tempo
Redação
Publicado em 22 de agosto de 2015 às 22:49 | Atualizado há 9 anos“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.”
Paulo (Hebreus, 3:15).
Escorando-se na passagem acima, de Paulo, Emmanuel, em “Vinha de Luz” – FEB-Rio – 4ª edição, nº 169, psicografia de Francisco Cândido Xavier, presenteia-nos com uma das mais belas e significativas páginas, capaz de nos induz ao indômito esforço de ascese espiritual.
1 – Demonstrando que a oportunidade do corpo físico, em nossa caminhada evolutiva, embora seja ele uma vestimenta temporária, representa uma verdadeira bênção da Providência, diz o autor, logo no início da mensagem:
Enquanto é Hoje
“Encarecer a oportunidade de regeneração espiritual na vida física nunca será argumento fastidioso nos círculos de educação religiosa.
O corpo denso, de alguma uma forma, representa o molde utilizado pela compaixão divina, em nosso favor, em grande número de reencarnações, para reajustar nossos hábitos e aprimorá-los.
2 – Em seguida, explica que o retorno à forma física, quantas vezes forem necessárias, é uma necessidade da alma para a sua sutilização. Diz, todavia, que nem sempre lhe dispensamos o valor necessário:
“A carne, sob muitos aspectos, é barro vivo de sublime cerâmica, onde o Oleiro Celeste nos conduz muitas vezes, a mesma forma ao calor da luta, a fim de aperfeiçoar-nos o veículo sutil de manifestação do espírito eterno; entretanto, quase sempre, estragamos a oportunidade, encaminhando-nos para a inutilidade ou para a ruína.
Dentro do assunto, porém, a palavra de Paulo é valiosa e oportuna.
3 – Recomenda, também, o Mentor que é através do ergástulo físico que entesouramos os valores imperecíveis da alma, os quais nos distinguirão na morada celeste:
“Enquanto puderes escutar ou perceber a palavra Hoje, com a audição ou com a reflexão, no campo fisiológico, vale-te do tempo para registrar as sugestões divinas e concretizá-las em tua marcha.
4 – Lembra-nos, ainda, que para o homem terra-terra, sumamente preocupado com as coisas transitórias da forma, a morte não traz grandes transformações, ou seja, tanto no corpo físico quanto no corpo perispiritual continua apegado às coisas sem tanta importância:
“Para o homem brutalizado a morte não traz grandes diferenças. A ignorância passa o dia na impulsividade e a noite na inconsciência, até que o tempo e o esforço individual operem o desgaste das sombras, clareando-lhe o caminho.
5 – Por fim, informa-nos que os conceitos a que se refere valem para as criaturas já medianamente esclarecidas, como que a considerar que as que ainda permanecem no estado de fixação fisiológica não dispõem de cérebro e sentimento habilitados para disso tirar o proveito ideal. Porém, o tempo, através das vidas sucessivas, será o remédio infalível para todas as pessoas, uma vez que do imenso rebanho de nosso Mestre Jesus, na Terra, nenhuma ovelha se perderá:
“Aqui, todavia, nos referimos à criatura medianamente esclarecida.
Todos os pequenos maus hábitos, aparentemente inexpressivos, devem ser muito bem extirpados pelos seus portadores que, desde a Terra, já disponham de algum conhecimento da vida espiritual, porque um dos maiores tormentos para a alma desencarnada, de algum modo instruída sobre os caminhos que se desdobram além da morte, é sentir, nos círculos de matéria sublimada, flores e trevas, luz e lama dentro de si mesma”.
(Weimar Muniz de Oliveira, presidente do Lar de Jesus, ex-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas (ABRAME) e da Federação Espírita do Estado de Goiás (FEEGO), e membro do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira (FEB) – [email protected])
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