Goiás e os desafios da era digital
Diário da Manhã
Publicado em 5 de julho de 2016 às 01:47 | Atualizado há 9 anosImagine a comodidade de estar em qualquer lugar do mundo e poder abrir uma empresa por meio de um processo 100% digital? Goiás caminha a passos largos para ser a primeira unidade da Federação a informatizar totalmente o processo de abertura e fechamento de empresas.
Com o trabalho profícuo da Junta Comercial (Juceg), hoje ocupamos o 1º lugar no País em ambiente regulatório, nos quesitos tempo de abertura e conclusão de processos, registro e baixas de empresas, custo de impostos e complexidade tributária, de acordo com o índice Endeavor.
O Estado registra um dos menores tempos gastos para abertura de empresas. Em média, a Juceg conclui todo o processo em 24 horas na região metropolitana de Goiânia e, no máximo, em três dias no interior, dependendo da localidade. De acordo com dados recentes de uma pesquisa feita pelo Sebrae – Contribuição à Criação de Novas Micro e Pequenas Empresas –, o tempo médio para a abertura de um empreendimento no País é de 70 dias. Em Goiás, caminhamos para a conclusão de todo o processo em 24 horas.
A expectativa é tornar o procedimento 100% digital até o final do ano. O modelo atual, considerado avançado, é um misto de digital e físico. Para abrir uma empresa, a pessoa pode recorrer às ferramentas tecnológicas disponibilizadas pela Juceg, mas ainda é preciso a presença física em dado momento do processo.
Com o sistema digital, ninguém precisará ir à Junta para formalizar uma nova empresa. O sistema vai representar um enorme salto de qualidade na criação de empresas no Estado, além de proporcionar economia considerável com a logística de comunicação entre os órgãos que integram a máquina de governo.
Outro dado importante é que o processo digital atende às demandas ambientais, porque evita-se o uso de papéis e acaba com a burocracia do transporte físico de processos entre as unidades de governo.
Goiás reúne todas as condições para ser o primeiro Estado do País a superar os efeitos da maior crise econômica da história brasileira. Isso se faz com planejamento, rigor fiscal, segurança jurídica e ações inovadoras como a informatização total do ambiente regulatório de empresas.
Combater o excesso de burocracia, reduzir e simplificar processos para que se torne cada vez mais ágil abrir uma empresa em Goiás. Essa é principal meta do governo na área de atração de novos investimentos.
A conclusão a que chegamos é que, ao combater a burocracia, o processo digital vai estimular a formalização dos empreendimentos. Como bem diz o presidente da Juceg, Rafael Lousa, é preciso consolidar uma mentalidade sobre os benefícios em ser formal. Se o empresário está na formalidade, tem acesso ao crédito, a financiamentos, a licitações e não tem o que temer da lei. Cabe ao Estado garantir as condições para que tenhamos um processo de formalização célere, moderno e bem menos oneroso para o contribuinte.
(Marconi Perillo, governador de Goiás)
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